domingo, 20 de dezembro de 2015

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ideias velhas e novos sentidos

de repente eu reli um texto antigo relativamente novo e uma ideia besta que tenho eu de uma certa... memória do futuro! 
fez muito sentido misturando realidades entrecruzando narrativas
pareceu-me que tudo que lá estava escrito entre coisinhas ridículas e outras
tudo tudo tudinho tinha um efeito tão potente e tão sincero daquele dia
falando de coisas que acredito almejo desejo e vivo
ferida aberta do meu ponto de vista!
tudo tão verdadeiro que hoje releio como reli
e parece que estou falando tudo de novo
mesmo
mas em uma outra condição
uma situação absolutamente diferente
ou nem tanto
verdade seja dita, quando a coisa e sincera e...
pleonásticamente profundamente profunda
quase que
vira verdade eternamente eterna podendo ser aplicável
também a outras pequenices ou grandiosidades de si
ou dos outros, dependendo obviamente de quem lê!
porque toda letra impressa se poematiza no éter
mesmo que seja impressa no imaginário do nada, na tela de lcd
quiçá de outra tecnologia superior ou inferior qualquer
a verdade se revira e a memória se revive. forte
que fazer agora?
o efeito principal é o mesmo: fica a fonte impressa na retina e na eletricidade de cada um.

sobre traições

acabo de ler numa postagem qualquer...
(ponha-se aspas nesse qualquer aí!)
quem trai, não trai o outro 
trai a si mesmo
fidelidade é questão de caráter

como diria o otávio mesquita :: okay pessoal !
mas
vamos lá com esse blábláblá filosofia de auto-ajuda de cotovelo

segunda-feira, 25 de maio de 2015

comunicação, amor, zona de conforto e conflitos internos e construtivos...

a comunicação sempre tem falhas, é batata.
porém, algumas vezes resulta em entendimento. tentar comunicar é pouco. pingos nos 'i's... pra quê? certezas?!? invencionices!?! minha imaginação... por quê? pontos finais em assuntos terminais. reticências em dúvidas e paradoxos irrespiráveis.
mudanças? em qual direção?

terça-feira, 12 de maio de 2015

bom dia para uma terça feira qualquer

você acorda. com aquela sensação de que está sempre chapada como sempre. sempre abre os olhos e bebe um gole d'água, se estiver por perto a garrafa, e sempre bebe a água embebida nos sonhos tardios que insistem em te manter amarrada à cama. [ eu durmo na verdade num sofá, mas tanto faz. é a minha cama do mesmo jeito. pelo menos por enquanto. ]

segunda-feira, 11 de maio de 2015

a realidade e a imaginação

eu sei que a história é uma espécie de mentira contada por quem quer ficar nos contos e cantos. sei que números datas e a linha reta das coisas não é a realidade do espiral no qual estamos imersos. por isso imagino meandros e lacunas excessivamente... em alguns dias e estados de espírito em especial, essa lógica da linha reta vem como um punhal muito afiado me induzir à deduções lógicas e retas sobre fatos que eu nunca verdadeiramente terei controle.

me irrita a ideia pura e simples de que intervenções medicamentosas vão resolver esse meu caso cíclico. não. o que resolve de verdade é a rotina disciplina um trabalho bem feito relações realizadoras e acima de tudo a verdade mais límpida e leve soando nos meus ouvidos. não a minha verdade, mas a do outro. uma verdade que eu quero aceitar, mas que só terei acesso se me for dada.

houve um tempo em que alguns assuntos eram ditos sem rodeios ou churumelas. esse tempo passou. a partir do momento em que o assunto voltou a ser acontecimento real e corriqueiro e vivo. um passado morto é um pássaro que não voa mais. um presente vivo, ao contrário, consome muito mais energia para ser controlado. por isso a sensação de que isso é ainda presente e não passado... isso que me incomoda. umas mentirinhas brancas e sinceras. ainda que...

eu sou capaz de lembrar de muitas frases e detalhes que li ou que inventei durante a minha investigação. cada um deles afia ainda mais o punhal. a dor não se mede. a dor não tem tamanho...

sexta-feira, 8 de maio de 2015

tão hoje

tenho medo de fugir da raia na hora 'h' e de morrer na praia depois de beber o mar
eu já estou com o pé nessa estrada. qualquer dia a gente se vê!
tenho medo da sombra e medo da luz
deu pane no nervo do cérebro
taquicardia e reverbério
sei que nada será como antes, amanhã

entrou em choque publicitário
que notícias me dão dos amigos?
tenho medo de esperar e medo de partir
ventania em qualquer direção
num domingo qualquer
qualquer hora

tenho medo do amor e de não saber amar
dizia que queria morrer doce quando o mundo acabasse
em mel
resistindo na boca da noite
um gosto de sol

o medo é uma linha que separa o mundo
medo de olhar no fundo
o medo circulando nas veias
momentos trágicos instantes sórdidos
escondido num porão
alvoroço em meu coração
que notícias me dão de você?

medo
que dá medo do medo que dá

bricolagem (tipo uma brincadeira com colagens!) livre de 'nada será como antes' do milton + 'medo' do lenine com aquela moça hispanoablante cantando (eu sei que é miedo, mas escrevo em português sabem? rsrsrs) + 'se o mundo acabasse em mel' do saudosíssimo di melo. quem gostou que ótimo! =D

(outra que começou a ser escrita tempos atrás e só foi nascer hoje. então seria 'tão outro dia' mais ainda faz sentido hoje mesmo)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

apologize for the moon warrior


hoje é dia de São Jorge! vinte e três de abril.
santo guerreiro, meu querido! e tão querido jorge!
bravo, corajoso, talentoso e de inabalável fé em cristo... mostrou em sua vida que sempre é possível combater o mau. e o mau hoje em dia é o homem algoz de si mesmo, a hipocrisia, o medo que rege a sociedade, a justiça que só acolhe um lado, e a desumanidade promovida pelo próprio homem...

terça-feira, 14 de abril de 2015

colegas

escrevo este texto para uma funâmbula. uma mulher que definitivamente admiro e para todos os colegas queridos do circo. escrevo este texto com a minha tão corrente nostalgia mas também com certa vivacidade. já não é mais tempo, em tempos de tudo-em-cima-da-hora... mas pouco importa.

escrevo este texto para o poeta dos sonetos ingleses que deu som à inspiração e fez finalmente com que estas palavras viessem a sair do pensamento com seu má vlast do smetana de hoje data de seu aniversário! o que implica ainda em mais uma razão para dedicar-lhe esta reflexão que na verdade é uma crítica que na verdade é um desabafo.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

reasons to remeber 'n other things i'd like to forget


mil e noventa e sete dias depois e eu ainda me lembro de um instante mágico sucedido na esquina do buraco do satan. me lembro como se fosse anteontem mesmo. fogos de artifício foram vistos naquela esquina! testemunhados por todos os transeuntes capazes de ver poesia em gestos singelos. eu fui tomada de repente, num súbito eu mesma deixei de ser minha e aquele o melhor dia do circo da minha vida depois de cinco amargos e tristes anos de dias de circo longe da alegria do picadeiro. curioso é que era de certa forma um dia fúnebre. e essa funesta coincidência agora poderá habitar as manhãs de quarta feira em sinistros arranjos para graves gravíssimos. mas isso é apenas a curiosidade da curiosidade...

quinta-feira, 19 de março de 2015

painho josé

breve relato sobre esse dezenove de março:

sono abençoado, visita mais que querida, almoço sussa,  mamãe e suas promessinhas, vizinha linda trazendo bolinhos do santo (o bolinho tem um nome específico, mas não me lembro nunca), parceirão se dando bem, mil metros na água e uma noite cheia de trabalhos bons pela frente!

mesmo sem pai, sem padrinho e sem padrasto, josézão sempre esteve ali. minha primeira promessa de todos os tempos foi para ele! deu tudo certo e ele não só me atendeu como talvez tenha até me acompanhado... nesse ano, em que completarei a idade para ser crucificada... mais do que nunca eu penso: obrigada marceneiro! não há colo aconchegante como seu sofá, ou memória melhor que suas prateleiras. foi isso. um dia normal. mas a visita da odete com os bolinhos!!! hummmm... multiplicou minha alegria! igual multiplicada é a riqueza de quem semeia boas coisas nessa vida.
abundância é uma boa palavra para este pai generoso.

e... bunda é tudo de bom!!! então nem preciso dizer mais nada!

quinta-feira, 5 de março de 2015

cartilha para cuidar de uma árvore

essa cartilha vai de cara com um abre caminho para ouvir e inspirar !
porque agora eu sou...

uma árvore. 
forte. 
bonita. 

e com raízes.

causos carnaválias... aconteceu por aqui d'eu descobrir que também sou árvore. e preciso dar frutos! porque uma árvore que não frutifica não justifica. não é justo ser árvore com tronco e membros e não florescer nem alimentar o mundo. é preciso ser passarinho para voar. eu sei voar. mas é preciso ser árvore para ter casa, sombra, água, alimento e... todo meu ser-passarinho muito se anima em pensar em largos horizontes e uma casa grandiosa. é preciso ser árvore também nesse mundo. para ser passarinho com ninho e tudo. tendo o céu como limite. tendo casa sem ter gaiola.

terça-feira, 3 de março de 2015

"got" it

-
you are not here! you are with your trouble!
if you are with your trouble when fighting happens... 
more trouble for you.
(...)
do you pray for the gods?

-
the old and the new

-
there is only one god and his name is death. 
and there is only one thing we say to death: 
not today


muitas vezes eu penso que aquela máxima do 'você não precisa ler o livro inteiro' tem muito sentido... de verdade sometimes um capítulo um parágrafo apenas ou até mesmo uma página aberta aleatóriamente e... pluft! faz sentido! você recebe aquilo que precisava para aquele momento. ainda assim, tantas circunstâncias podem levá-lo a ler o livro todo e assim compreender o sentido do livro completo. que é diferente do 'seu' sentido, aquele que você obtém com o recorte que merecia ter. que o universo te dá de presente. então eu comecei do começo e vou ver todos os episódios de game of thrones, sim. mas poderia ter parada no momento em que ouvi o professor de 'dança' da pequena arya dizer isso aí para ela! pra mim, no fundo do meu âmago do meu ser pessoalmente sendo... o lema dos dias cinzentos, dos invernos da alma rsrsrsrsrs o lema agora é: hoje não.

vamos lá, vamos vivendo então...


domingo, 1 de março de 2015

decepções contemporâneas

estive no sesc ipiranga ontem. fumava um cigarro na porta quando o zé olhou pra cima e disse: estou curioso para ver o que aquela garota está fazendo ali! assim ele subiu e eu fiquei lá embaixo da escadaria observando. o zé olhou a garota que dançava e mexia a boca (na minha perspectiva) por menos de vinte segundos e logo caminhou em direção ao banco para sentar-se com o roberto. primeira percepção: ela não está fazendo nada de interessante.

terminou meu cigarro. subi para ver com meus próprios olhos e ouvir com meus próprios ouvidos. uma garota de macaquinho cinza escuro se mexia, como se estivesse propondo que dançasse mas pra mim dança não é bem isso... a garota se mexia aleatoriamente e falava aleatoriamente sobre coisas da sua vida e sua experiência, aparentemente. eu, que não manjo muito dos paranauês performáticos mas ainda assim tenho minha visão própria sobre a arte e seus significados afiada num amolador dos muito bons! eu, euzinha, não via nada sendo dito naquela performance. ainda assim me forcei a observar por alguns minutos mais, interessada em compreender, interessada em ser tocada. mas não aconteceu.

teimosa, percorri o hall procurando por alguma explicação textual que estruturasse uma interpretação para tal ato. eis o que li:

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

tiny fairy tale

era uma vez uma historieta que sendo conto de fadas tinha uma música própria. essa aqui! e...
esse conto que eu vou contar poderá derrepentemente ser resumido por três pequenas constatações: tese, antítese e síntese. assim como uma grande ideia mirabolante precisada de tempo e de ar para se estruturar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

sonhando dentro do(s) sonho(s)

sonhei
que estava sonhando um sonho

um sonho
em que
no sonho
eu falava sobre um sonho
que eu havia sonhado
no sonho...

foi o sonho, do sonho, do sonho, do sonho.
a metalinguagem está meio excessiva aqui...



























hashtags: balcão de padaria. inconsciente. subconsciente. estratégias de pensamento. metáforas. metalínguas. calorias. sonhos. sono. dormir. desejar. baunilha, doce de leite e/ou goiabada.

étimos: sonho é um punhado de ideias e imagens que se apresentam ao espírito durante o sono. se for acordado também, mas ganha outros nomes. pode ainda ser uma utopia, coisa imaginada que dificilmente se alcança. mas pode ser o motor propulsor da ação. sonhos bons nos deixam com medo, sem ar, sem senso. sonhos transformadores não são facilmente compreendidos. fantasias, ilusões, ideais quiméricas. podem concertar-se ou apenas dissipar. só que o devaneio pode ser uma ideia fixa em que se pensa com tanta insistência que os quantums começam a agir para sua realização... nano, micro, atômico, possível. até que seja realmente real. dizem até que quando a gente pára de sonhar, não há mais vida pela frente... o sonho é um doce, com massa frita e recheio. um dos favoritos dele. muito gostoso.

ô quiabo...

que quizumba, não se muda o peso com macumba!
gira biruta... fazer regime é muita labuta.
agora é sério - pode comer a vontade mas tem critério.


ô quiabo, dieta dos diabo!

êta, restritiva do capeta!

mermão... que dieta do cão!

tcharam : é a dieta dukan!


é foda, a gente sempre cai nos braços da moda!
o dilema... é conseguir balizar sem problema.
a boa zoeira? fazer uma adaptação brazileira.




sábado, 14 de fevereiro de 2015

exercício imagético ou verdades carnavalescas

organizei as imagens duas à duas. 
escolhi o preto no branco para diminuir as influenciações dos sentimentos coloridos. 
pensei em uma brincadeira: 
cada diálogo de representações iconográficas contém pelo menos uma inconsistência! 
quem identificar os grotescos equívocos de interpretação e/ou representação...
 estará concorrendo ao prêmio "eu sou uma pessoa razoavelmente crítica, de verdade" !!!


 

homens não tem variações de sentimentos. 
mulheres são excessivamente emocionais. 
tem que usar camisinha. 


 

meu corpinho, minhas regrinhas. 
esqueci o não em casa. e trouxe o nunca. 
pênis para você!


 

não quer dizer não.
estar bêbada não é estar disponível.
logo, bêbada que diz sim, está disponível.


 

homens querem ser estuprados quando ficam sem camisa.
meninas podem construir coisas.


p.s. fiz isso como um exercício. ontem escrevi um texto meio grande sobre 'o assunto'. não tenho jeito, sou muito falastrona... então quis tentar ser mais visual e menos textual. e, escrevendo o mínimo possível, causar coisa que seja. talvez seja divertido se alguém topar a brincadeira aqui antes mesmo de ler o textão! portanto, aguardo postagens de comentários! vai... rapidinho... ;)

e... curiosos leitores sem pressa, sugiro que leiam, à seu gosto, o meu "eu prefiro brahma mesmo..."
lá explicam-se um pouco os fatos todos. no contexto carnaval desse ano. e traz minhas singelas críticas com mais detalhamentos. será que há mais potência e conteúdo com mais palavras ou com menos palavras? que interpretações podem surgir? aceito críticas.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

eu prefiro brahma mesmo...

mas tanto faz a marca da cerveja... quero mostrar imagens e reflexões! eu não sou japonesinha, nem ruiva, nem nada de extraordinário. eu sou mulher, antes de qualquer coisa. eu respeito opiniões. mas tenho também as minhas. tentarei apresentar meu pensamento sobe essa baboseiragem atual e a reflexão deturpada. eu almejo conquistar espaços com menos preconceitos e mais disposição para um olhar profundo, que seja realmente crítico, igualitário e abarque a diversidade! e para que tenhamos mais atitudes permissivas e incentivadoras para o bem do que medrosas e combativas contra o mal.

começamos com essa menininha linda! que provavelmente está em processo da aprendizagem sobre o significado do que ela traz na mensagem no cartaz. o que ela está aprendendo?

MEU CORPINHO, MINHAS REGRINHAS. DESDE JÁ E SEMPRE.


que o corpo da mulher é a sagração da natureza?
está aprendendo a ser respeitada?
(pense isso... a 'formação' pelo corpo é tema profundo da filosofia! para ambos os sexos)
que outras pessoas podem querer machucá-la?
que as pessoas podem querer usar o corpo dela?
será que está aprendendo a ter algum 'medo'?
que precisa estabelecer regras para o seu corpo?
(enfim... que raios o adulto explicou para ela ao tirar essa foto e que percepção de mundo a criança vai ter a partir dessa pequena experiência?)









quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

maníaca deslumbrada

estou bem. as coisas estão sob controle. resolvi escrever porque achei muito curioso o atestamento dos fatos verídicos de hoje. sendo dois: realmente, a química alterada muda também alguma coisa nos hormônios, na energia, no campo magnético. e o outro fato é que, quando a gente está focado, organizado e voltado para si, concentrado e conseguindo de verdade trabalhar e tudo mais... bem, aí o furor cósmico energético fica pendendo pro lado 'do bem' - enquanto o desespero, a desordem, a falta de norte nos deixam muito soltos ao vento e muito perdidos e... sujeitos à muita coisa ruim que paira por aí procurando qualquer imã absorvente.

hoje não. nada disso. depois de ficar enfurnada no buraquinho trabalhando aqui desde ontem as cinco de tarde mais ou menos...

missiva midiática !

à todos que morreram de sunga branca e/ou posteriormente viram a mulher mais louca que o batman viralizada mandando uma mensagem para o satélite superior. eu conheço essa mulher e tentei ajudá-la no ano passado. depois de sete anos sem vê-la, notei que ela estava muito estranha. minha ajuda resultou frustrada mas segui preocupada com ela. embora nada pudesse realmente fazer.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ele vem chegando...

é o dia dez! que está descortinando na minha janela de quem não dormiu.
escrevo este texto pro dia nascer feliz.
tomara. tomara que o cazuza escute a minha prece!
engraçado como certas coisas vêm bem a calhar. vi uma foto agora que parece exatamente "tipo eu"
a imagem é perfeita em toda a subjetividade possível. primeiro vejam, depois leiam minhas observações...

























quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

numa pedrada só !

eu e as minhas cismas minhas doidices minhas coisas
é noite de lua cheia povo de sucupira e eis que a progenitora saiu hoje para suas já clássicas e tradicionais meditações da lua cheia no quintal-parque do ibirapuera... eu, por mais chegada na lua que seja, nunca que fui me meter com esses malucos que ela anda... pra variar ela viu a data e horários do mês passado, por sorte acertou o dia e por pouco errou o horário. mas vamos ao que interessa!

originalmente esse espaço aqui é um espaço livre aberto insano total sem rumo nem eira nem beira
sem propósito nem censura nem eixo. não é pra ninguém curtir nem pra seguir por causa de algum assunto. se é que alguém pode querer acompanhar será e somente será por se interessar por coisas aleatoriamente interessantes ou confusas ou...

mas realmente de verdade uma coisa que mobilizou e deu vida e impulso a este blóguinho foi uma promessa que eu fiz. fiz a promessa. o santo me deu a prenda e eu demorei coisa de alguns anos pra pagar. mas paguei. paguei e escrevinhei tudinho! agora, como eu acredito nos santos. acredito mesmo que a lua mexe com a gente. e... acredito que quando a gente promete a gente se compromete...

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

por que existem feministas ?

bem... a primeira coisa que se pensa é: existem feministas porque existem machistas. é meio óbvio... uma coisa em oposição à outra. acho eu que enquanto for assim estamos longe de superar questões de gênero. to escrevendo isso porque estava passeando na rede outro dia e me deparei com um texto muito bizarro que me incomodou. leiam abaixo. com os meus comentários, claro !

eis o título: "32 lições feministas para a minha filha"
até aí parecia bem legal e eu estava realmente pensando em mostrar para uma grande amiga que acabou de ter uma menina, e mora longe, então eu vivo mandando coisas legais para ela sobre educação, etc... bem, seguimos... vinha então uma introdução sem muitos problemas e a seguir a lista de coisas insanas:

"1. Ter uma vagina não é uma deficiência. É um super poder."
caramba, eu sempre sempre sempre achei que eu poderia ser como a mulher maravilha! acabei de descobrir o motivo! to zoando, óbvio. achei esse primeiro tópico de uma loucura tremenda. principalmente porque vi nos cometários que num outro texto - cito ele no final, é um outro de coisas para ensinar ao seu filho - elas dizem que o pênis não tem super poderes... tipo... precisa disso?

salada mista



























tinha aquela brincadeira de criança né? pera, uva, maça ou salada mista, lembram?
era interessante divertido no final das contas vc ia acabar beijando na boca do gordinho mas enfim... fazia parte do jogo! agora a brincadeira é meio diferente...
as escolhas são: depressão, tristeza, agitação, mania ou salada mista?
oh yes! queridos, a coisa não pára por aí. tinha aquela parte do "é esse? é esse? é essa? é essa?"
lembram? tinha... sabem o que aconteceu com ela?
agora funciona assim : tem uma porção de neurônios insanos, fabricando trocentas ideias das galáxias dentro da sua cabeça que vira e mexe resolvem fazer uma reunião e questionam-se aleatoriamente coisas do tipo: é hoje? é agora? é por isso? vai dar pra achar que foi a lua? será que o motivo vai parecer ser essa conversa com ele? hoje rola? concentração ou confusão? todo mundo junto ou espalha? foco extra na primeira coisa que aparecer? dispersa? vamos lá? ou vamos pra lá? dispersa? como vamos? foda-se, vamos!!!

depressão, tristeza, agitação, mania ou salada mista?

lápis na janela ou um grito para a meia noite !

eu sei que já passou bastante da meia-noite...
não importa. acontece que certas meia-noites, somente uma vez por mês, toca um alarme especial no meu celular...
para me lembrar de um dia especial. hoje o alarme não precisava tocar. geralmente eu não me lembro mesmo (por isso tenho o alarme!) mas hoje, choramingando, eu me lembrava...

domingo, 18 de janeiro de 2015

um misto quente e um café puro

era alguma coisa perto da hora do almoço do ano de dois mil e quinze. estava um verão escaldante, desses que se achava que seria inesquecível de tão quente... não fosse a significativa piora dos anos seguintes. até a lamentável situação em que nos encontramos atualmente. a cidade de são paulo sempre tornou as coisas ainda mais difíceis no calor. num ponto de tal gravidade que a corrida pela arborização pouco adiantou.

dois mil e quinze; tipo meio dia. ela acorda com a cabeça cheia. não era uma dor. mas era insuportável. como uma insustentável leveza, só que bem pesada. ela sente fome. mas não há nada, não há ninguém. comida nenhuma não tem. mas tem pó. antes de tudo, como o diria aquele moço que destruiu a dicico dois anos antes: tem pó.esia ! e poesia tinha. e tinha pó de café. aquela coisa que rima com fé e que não costuma falhar e que é bom para acordar.

uma caneca de café preto no desktop. um coelhinho que poderia tocar piano com ajuda de quatro mãos e duas moedas que lhe dessem forma. uma caneca branca com balões coloridos desenhados. uma ideia de afeto. aproximadamente cento e cinquenta emiélis do divino líquido preto. antes que se consuma como um todo, três cigarros já fumados.
açucar ? não, amargo ! pro âmago. o gosto puro alarga mais o paladar. apura mais o olhar. não faz maquilágem na vida. café bom é café amargo. e tenho dito.

estava ela no auge do seu novo episódio. "você está em um episódio misto" tinham dito. era domingo e nada fazia sentido. no papel, listas e listas intermináveis de coisas para fazer. ideias mirabolantes. projetos fecundos sem entretanto fundamento algum além da imaginação. e do afeto. atos falhos de conexões aleatórias. dobraram-se as drogas para amenizar a angústia. a agonia do não poder fazer tudo. a agonia do tempo faltante. de tal pronto que com tanta droga ela se sentia mais mista do que nunca. tendo vista que as alucinações de todo tipo - visuais, pensamentosas, auditivas e ideológicas - as alucinações não cessavam. mas o ímpeto de querer fazer tudo ao mesmo tempo se apaziguava.

era domingo. estava muito calor. a fé não falha. o café acorda. desperta, ela jazia os pensamentos em folhas de papel novas e em novas descobertas. ou tentativas : como recontar a história e editar o tempo? como fazer um cigarro durar mais do que cinco minutos? que músicas serão tocadas no dia de hoje? que discos serão vendidos? haverá mesmo algum sentido? precisa?

precisada de nada. vestida para um reveillon particular e privado. calcinha e sutiã brancos, puros, castos. vestida como um 'soldado do bem' - mas seria melhor se houvesse um substantivo feminino para isso - mascarava todo seu blefe e sua má intenção de destruir camelot e de revolucionar toda a nação... tínhamos então uma quantidade reduzida agora de café na caneca e um quinto cigarro em brasa. a cabeça quente e borbulhante. em chamas! eletricidade descontrolada na sua rede satélite intracrânio. pensava demais. excesso de nuvens. pode chover mais tarde... e se assim for, nada passará. pensava alto : "vamos viver a vida, porque só pensar nela atrasa !"
e... "quem me dera alguém aqui para me fazer um sanduíche !"


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

resumo geral e/ou game over

temos um belo 00:00 no relógio aqui. um bom instante para tentar zerar a porra toda. prometi que escreveria mais do que litros de letras. que escreveria metros cúbicos de palavras. eu queria. eu precisava. eu escrevi. tenho aqui lindos nove - um número significativo - nove rascunhos. rabiscos bizarros de ideias várias misturadas... começava num, ia pro outro, escrevia outro ainda, tinha outra visão, outra abordagem possível me vinha, outras e outras e outras...até que realmente consegui escrever dois textos. um poético e outro explicativo. ambos introdutórios. na hora que o bicho pegou e eu comecei a escrever sobre o que sentia. a confusão tomou conta do meu ser, uma tempestade de raios invadiu minha janela, eu chorei baixinho muitas e muitas vezes. eu tentei engolir o choro. eu pensei se alguém iria ler algum dia. se alguém com quem me importo leria. se algum desconhecido se importaria. se... haveria depois. se há chance de alguém ter crédito depois de realmente dizer o que pensa... sem ser xingado, excluído, maltratado, rotulado como louco... só estou conseguindo escrever essa porra agora porque saí pra comprar cigarros. ver os raios da perspectiva da rua me colocou ainda mais no meu devido lugar. pequena. sem crédito. sem chance. frágil. impotente. o que é maior que a gente é definitivamente maior que a gente. então eu tive coragem de desabafar do jeito que as pessoas no meu estado desabafam. pedi ajuda. não precisei implorar e acredito que serei ajudada. se bem que, no caso, a ajuda eu não implorei mesmo mas fico com a sensação de que preciso implorar as coisas... chorei muito. dessa vez pra valer. não chorei tudo que tenho pra chorar. parece que hoje eu fui agredida pela vida. agredida por mim mesma. açoitada. e fiquei mesmo arrasada, acabada, criticamente... nuvem negra. ovelha negra. viúva negra. e por que raios tanto negrume? e por que raios o negro é tão ruim. pesado. psicológicamente amendrontador... por que? fato é que hoje eu voltei ao quarto escuro. lugar aonde não ia há um certo tempo... ontem eu já não estava na melhor fase da vida. comprei dois maços de cigarro. por preguiça ou por intuição. fumei os dois inteiros hoje. isso não é normal. não tá certo não...

o relógio marca agora 00:13 deve ser uma hora da sorte... perdi o zero zero zero sete que tanto gosto. perdi o onze que também é bem bacana. tipo a hora do portal. mas a hora do portal mesmo é onze onze né? esboço um sorriso com a minha perguntinha... maligno eu diria. um sorriso de quem pensa: eu nasci as 04:28 do dia 28/04 e depois novamente por volta das dezessete horas de um dia dezessete... que interessante seria se eu morresse, por exemplo, à uma e quinze do dia quinze do um... talvez fosse exatamente em 01:15:15 em 15/01/15 !?! ou ainda melhor hein... às 15h01m15s ! perfeito! mas de verdade eu não gosto muito desses números. não gosto do número quinze. eu gosto de números primos! 1,2,3,5,7,11,13,17... 59... 71... 89... 97... eu sei que o um por definição não deveria estar nessa lista mas eu gosto dele. um, om...

acho que eu morreria feliz no dia treze de maio as cinco horas e treze minutos da madrugada. sim de madrugada. subitamente. por algum ataque. num acidente. bêbada ou surtada. deveras onírica. isso deve aliviar. e que eu morresse rápido. sem sentir. e que eu pudesse, em qualquer ano que fosse, ter um simbolismo bem grande de libertação com a minha morte. certamente vou sentir falta de várias coisas mas a possibilidade de começar de novo me animará mais do que o que ficará para trás. talvez, e somente talvez, as pessoas deixem de falar mal de mim. esqueçam os meus atrasos ou passem a considerá-los bem. não digam mais que sou extravagante, extravasada, espalhada, invasiva, psicótica... ou, se disserem, dirão como que isso fosse algo especial. dirão isso porque eu morri. se continuasse viva, continuaria sendo ruim. ruim pra caralho.

00:33 pra lembrar que jesus morreu na cruz. pelos outros. coisa pouquíssimo valorizada hoje em dia... e, muitas vezes, os que valorizam são uns baita... é uma pena. ou talvez eu esteja sendo mesmo preconceituosa. preciso rever muitas coisas. enfim, isso tudo aí que eu vomitei em coisa de meia hora resume mais ou menos o meu dia de hoje. fui agredida. fui mal compreendida. um escorpião me picou e fudeu tudo. pelo menos consegui escrever essa bagaça. sem entrar nos detalhes concretos e materiais, sem falar tudo mesmo que sinto. sem muitas firulas, sem questionar, sem querer parecer ponderada. só a borda do copo. a espuma do chope. taí. é isso aí. game over.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

o dia. a lua. essa energia. e... bem, minhas anotações

tentando entender desesperadamente... por que tanto incômodo e desespero no meu ser no dia de hoje? por que tantas atitudes impensadas? por que? se desde ontem eu já estava canta o mantra : calma menina, pensa antes, respira fundo... desde ontem que a minha tolerância estava tipo nível zero, desde... tá. tá bom... não tava nível zero mais estava bem baixa! e os sentimentos bem confusos. a ponto de eu quase ter tido um ataque de choro por causa do problema de outra pessoa! tipo... n-a-d-aaaaa a ver ! uma coisa à "flor da pele" daquelas de arrebatar. de arrasar mesmo...

certo. que foi que eu fiz? adivinhem! pensei logo "deixa eu ver como raios anda a lua!" batata. batatinha. eu, uma mulher-oceano, vou muito na maré! muito mais do que gostaria. definitivamente mais do que posso controlar... sad. sad but true. tá, as vezes é legal ! as vezes é ótimo! mas quando é ruim é uma merda. hoje (ontem também) tá ruim.

eis algumas das coisas mais interessantes/relevantes que achei por aí ::

"" a magia da lua está em escorpião (...) é durante essa passagem que a maioria das coisas misteriosas acontecem. não é de se estranhar, já que este trânsito ocasiona o aumento da sensitividade e do psiquismo na grande maioria das pessoas. não é bom visitar lugares onde se pratica o baixo psiquismo. não é um bom momento para tratar de assuntos materiais. tudo fica mais especulativo e o desejo de levar vantagem aumenta demasiadamente. deve-se evitar tratar conflitos e assuntos litigiosos. ao tratar este tipo de assunto, o mínimo que se vai conseguir é o rancor das pessoas.
existe muita curiosidade no ar. em festas, bares e restaurantes, a troca de olhares torna-se muito mais penetrante. o magnetismo das pessoas está extremamente aumentado e parece que todos percebem além do físico e da personalidade. o mistério e o magnetismo aumentam a atração entre as pessoas. o ciúme, se aparecer durante este trânsito, vai vir acompanhado de muita agressividade. exercer um maior controle sobre a vida dos outros parece se tornar uma necessidade durante este trânsito. (...) se um conselho pode ser dado é: aproveite a profundidade de seu olhar e olhe mais para você. ""

muito bem meu bem. isso explica algumas coisas, complica outras. explica reações agressivas, explica medos e incômodos meus. coloca o conflito no mapa. realmente, hoje foi um dia de conflitos! e de temporais ! internos... e também reais (tá chovendo pra caralho, tá tudo preto aqui) e... "coisas misteriosas"? puts... me encasquetou. mas vamos lá. escrever é um dos meus jeitos de me observar!

"" energia do dia - a lua míngua no signo de escorpião, sinalizando um bom momento para rituais que visem eliminar os vínculos emocionais de possessividade. quem estiver tentando deixar uma relação para trás e ao mesmo tempo, com dificuldades para isso, pode fazer esse pedido ao universo no dia de hoje. ""

isso arrepia minha espinha e me dá calafrios ! confesso: faz sentido. tem algum sentido. o bom é que a convicção no que se deseja tem força maior. o amor. se verdadeiro... isso por que 'quem está tentando levar uma relação à diante' apesar dos perrengues astrais (e os reais, óbvio) também poderá ser atendido pelo universo. sempre! todo dia, não somente hoje. e... daí eu fiz um pedido assim: 'cosmo amado, permita-me um tudo na boa com o meu namorado' ♥ não há pertencimento. há de ser uma entrega. todo dia uma entrega. é caso de escolha. conjugar-se na primeira pessoa do plural é tão legal que supera a presença chatinha e inevitável dos pronomes possessivos. faz parte. a questão é: como lidamos com isso? 

"" nesta semana, na terça feira, é o início da fase minguante. momento de começar a soltar os equipamentos para a escalada e agora com prática e tarimba para fazer algo novo, extraordinário. que medos, crenças e condicionamentos impedem continuamente e repetidamente de atingir metas, conquistar alvos e concretizar o que se almeja? ideias antigas, limitadoras que sabotam que trazem frustrações. (...) e que bela ambição escalar as próprias montanhas internas ! e o medo que vem junto com isso pode ser compreendido e superado. será que ele é do tamanho de uma montanha, ou o tempo, os anos o fizeram crescer de forma desproporcional e ilusória? crença em cima de crença. medo em cima de medo. dias oportunos para perceber, refletir e considerar. (...) mercúrio e vênus juntos no céu proporcionam abertura para conhecer pessoas e formas diferentes de viver e se relacionar. no mínimo originais e realmente de vanguarda. envolvidas em projetos coletivos, de melhoria de vida para todos, convicções claras de viver de uma forma menos desigual em sociedade, sustentável não apenas como modismo ou para ser politicamente correto.(...) quarta-feira - hoje - a lua em contato com netuno e a sensação de conforto emocional depois da noite que pode ter feito uma bela faxina e purificação de toxinas mentais, emocionais e psíquicas. depois a lua faz sextilha com plutão e deixa claro o que intoxica: desde ambientes, pensamentos negativos, situações e relações que podem ser evitadas com firmeza, cortadas antes que ganhem fôlego e espaço. depois deste dia de limpeza, das discussões e disputa por ideias para provar que tem razão, é jogar fora a oportunidade de transformar o que já está claro. ""

caramba... sem falar que é minguante, né? aquela coisa que míngua... então a possibilidade de deixarmos pra lá e deixar tudo passar fica meio no ar. esperar que o tempo apague? é uma grande tolice pois, o tempo apenas cicatriza, nunca apaga as marcas! ou... o tempo acumula os fatos, ressignifica vivências e... sim, as coisas mudam. não se apagam nunca. que eu possa, em vastas e confusas linhas, encontrar com clareza o que me intoxica. busco especialmente observar internamente... mas, se o momento é oportuno, que eu possa ter visão de tudo! claro.

concluo aqui com uma certa esperança, algumas conclusões que realmente justificam meu animo alterado. e a cabeça cheia de ideias e um pouco mais de clareza para passar a noite inteira e a madrugada escrevendo feito uma condenada. condenada a estar sempre iluminada! principalmente na madruga... pela lua!

e... como boa moça que sou, cito as fontes ::

http://www.cigano.net/horoscopo/horoscopo.asp#ixzz3Opqp1mG5
http://www.facesdalua.com/energia-do-dia/lan/br
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/ceu.htm

estão na ordem que as citações aparecem, respectivamente. devo dizer que me intrometi nos textos, mas, minimamente, eu juro. e obviamente sem alterar o sentido. quem quiser que confira no original.

preparem-se !

tudo indica que a coisa por aqui vai bombar hoje !
tenho tanta mais tanta mais tanta mais tanta coisa pra dizer...
tanta mais tanta mais tanta mais tanta coisa na minha cabeça borbulhante que derramá-las faz-se mais do que necessário. é, como eu digo às vezes sobre a minha relação com a escrivinhatura, inevitável ! é ! é inevitável...

então... vou derramar tudo o que puder e depois, espero que o caldo fique saboroso.
sim, não quero de jeito nenhum "entornar o caldo" ou...
bem, se for pra entornar alguma coisa, que seja uma paleta derretida em todos os tons entre o azul e o amarelo incluindo os verdes mais variados. e que seja para colorir os dias !

derramando, entornando, despejando, extravasando, extrapolando, expondo,
pintando, temperando, saboreando, ilustrando, desenhando, colorindo, escrevendo...

preciso um pouco mais de mim. eu. só eu. de mim. e só.
mas a máxima do diálogo:

- quem é você?
- eu sou eu.

sempre me ecoa e ecoa bastante... eu sou eu.
eu sou duas. eu sou dois.
eu sou o que se denomida de um "eu"
eu sou como/o que me vem e me vêem de fora.

por isso eu quero mais do mundo. quero mais do outro. dos outros ! 
quero ser por mim e para você!
quero que você saiba... 
que até as coisas mais grotescas, sarcásticas e tenebrosas que eu possa vir a dizer...
que até mesmo elas deveriam ser em primeira e maior instância uma possibilidade boa!
de enfeitar de amor todo o planeta terra.
por que é justamente enxergar o belo na coisa torta que faz com que o mundo possa ser...
melhor e mais colorido. profundamente colorido. bem bem beeeeem...
colorido !
eu tenho muitas cores.
eu tenho fases.
eu tenho meu lado oculto.
que por mais que eu expresse e esbraveje... 
não importa.
é negro, escuro, obscuro e obtuso.
e... não é compreendido. talvez sequer seja compreensível !
não importa.
que seja como for possível...
interprete !


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

perspectivas e resoluções

tudo.
tudo.
tudo depende do ponto de vista.
de um estado de espírito.
d'um olhar que interpreta.

estou cansada de apontar meu olhar...
de dividir meu olhar...
de explicar...

fodam-se!

quem quiser entender e aceitar precisa,
por si próprio,
olhar através dos meus olhos.
e pronto.
sou permeável.
disponível.
eu sou espalhada.
sou geléia.
cuidado.
se por ventura você perceber que quando me fita sua imagem se fixa em minha retina.
talvez eu pareça pegajosa.
talvez uma cretina.                             [ mesmo com as melhores intenções ]

eu sou esponja.
se quero, absorvo.              [ isso não garante profundidade ]
dá medo.
acho que assusta porque é quase demais.
só não transborda porque...
dá medo.
porque sim, eu sou capaz.          
disso,                                          
e de muito mais.                                   [ como ir mais fundo do que devia ]

quem sabe,
sabe !

estou resolvida,
entretanto.
quero mudar meus atos.
suspeito que nós só andamos juntos porque...
eu conjugo
nós andamos.
eu conjugo
no plural.

ainda sim.
dá medo.
mas eu vou mudar meu passo.
chega de dançar conforme...
dançarei minha música.
olhando um céu.
ainda sim,
a canção que desejo
para um baile dos sonhos.
é coisa da natureza.
não é minha.
pessoal.

desejo espiral.
desejo mundo.
escuto pinguins     [ quentinhos ]
periquitos               [ travessos ]
sabiás                    [ safadinhos ]
rouxinóis                [ sonhadores ]

estou resolvida,
portanto.
quero seguir a vida.
nunca só.
sempre junto.
quero dançar no meu passo.
sim.
quero dançar
a música dos pássaros.