segunda-feira, 25 de junho de 2012

vácuo

entre as angústias da lua nova... faz tempo que não escrevo. talvez nem coubesse. não há assunto brilhante de promessa sendo paga pra mencionar. falta uma lua e meia pra chegar a cheia. mas as vezes é preciso desabafar. as vezes o buraco negro suga a gente prum inusitado ruim. geralmente acontece no escuro das angústias das noites sem lua... mas de repente pode ser de dia.

que uma amargura explicável se transforma numa dor inexplicavelmente insuportável! aconteceu isso. aconteceu de ter choro engasgado. lágrima querendo vir à revelia. mente desfocada, olhar desfocado, pensamento perdido.

mas quem disse que o vácuo é só ausência de matéria? eventualmente me vejo numa ausência de mim. quando tudo incomoda tanto que alguma válvula de escape 'milagrosa' faz com que quase eu seja um não ser. e é estranho. muito estranho esse não ser mesmo sendo. um vazio completo na vida. uma rachadura no tempo. um espaçamento dos milésimos de segundos entre o pensamento... mas entre os campos quânticos e os estudos de alguns efeitos... os que conhecem o não vazio desse vazio e estudam de verdade o que acontece ali no nada... entre os quânticos estudos do vácuo existe uma explicação que me ajuda um pouco a entender porque nos salvamos, ou nos danamos de vez, quando esse vácuo fica entre dois corpos. eu não entendo tão bem dessas coisas mas acho que há casos de atração em que o buraco negro desaparece. por ocasião de alguma força x, a atração dos corpos só aumenta. e aumenta mais e mais quanto mais próximo. e aumenta até que não exista mais nada entre eles. nem vácuo, nem buraco, nem coisa que o valha. acho que é mais ou menos assim.

pelo menos foi mais ou menos assim. eu resolvi o vazio existencial com ajuda de outro corpo. aplicando energia. e... deixando que outras forças externas, mais benéficas agissem. mesmo que estivessem entre aquela coisa do positivo e do negativo... bem, terminei me sentindo preenchida. e me recobrei de volta. talvez ainda mais eu do que antes. porque a cada dia eu sei mais das certezas. mesmo conhecendo com mais detalhes e precisão a profundeza das confusões. ó vida...

mas sim! sei mais das certezas, o que quero e como. como quero! e como eu quero! e... sei mais de mim. tanto mais singular quanto mais plural. eu sei que posso contar com ele. e é bom.

chorar quando é preciso. dividir o peso e a leveza. falar tudo que se pensa. sem filtro e sem fricote. dar risada. acho que assim é que justamente a natureza das forças benéficas age com mais liberdade. e é bom.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

tal de Antônio...

coisa santo combina com santo, né? 
e esse blog anda com clima de coração pra lá e pra cá, 
então vamos emendar no santo pra lá, santo pra cá... hoje é dia de santo Antônio! belezura. 
acordei embalada de aconchego e acho que acordar assim em dia santo e depois de dia de festa.
ah, deve ser bom. deve ser bom sinal. então deixo aqui uma breve homenagem!
e, olha, a festinha entre os dias doze e treze, noitinha, noite alta e madrugada... a festinha.
hummm... festinha foi boa, foi boa pacas! muito bem comemorada.
que seja sempre assim que assim é que é bom. amém.
além do mais, cabe lembrar que esse tal Antônio é muito bom em ficar por aí de ponta cabeça! 
é dos meus... 


... viveste com muita devoção
e nos pede pra ter mais fraternidade,
ser partilha de pão, ter ação de caridade, ser alívio e conforto, perdoar, 
viver como tu, viver assim como Antônio se ofertou
em seu desejo ardente, de semear o amor
com palavras e exemplos
teu peito abrasava como luz refulgente
a pureza de alma te encantava
santo Antônio, amigo e protetor
continua ajudando a gente a viver em paz.

terça-feira, 12 de junho de 2012

s i x

antes mesmo de ficar cheia, tipo oficialmente cheia. já está lá a lua se enchendo toda... acho que já falei sobre isso antes. mas é que acho bem válido pensar em começar os trabalhos na semana anterior a da lua cheia, perto de ela já se encher. as vezes mais doque ir até a minguante... porque ela está mais alta no céu. então, entre quinta e sábado, vamos colocar aí duas horinhas na conta do mês. porque valeu mesmo. uma noite pique animadáço e outra pique bailinho romântico. é pique, é pique. é hora é hora é hora! rá-tim-bum!

domingão foi refeição. deleite. pique piquenique eu diria... mas coisa chique que só. degustou-se algo então batizado de marreco desmilinguido. ui ui. très delicious. e além de bem desgutadíssimo, foi inspirador o guizado... parece que soou até uma possibilidade a ser composta na orelha dos desavisados, e na dos enamorados, e dos encantados e dos empolgados... e dos derretidos e relaxados e desmilinguidos!
segunda é aquele dia de começar a semana. a clássica folga! até poderia ter feito alguma coisa mas... não dava. corpo capotava. capotou.

terça sim. chuva lascada, curtição de perto. dança meio com pressa de tempo curto, meio com calma de querer desfrute. noite boa. vida boa. e como é que eu não vou ser feliz assim? atenção, suporte, parceria, vontades, disposição e trabalho em dia! é bom demais e eu quero é mais.

só que teve aí uma história de vênus passando entre o sol e a terra. é, diz que teve. apareceu foto que teve. e aqui também teve sim.teve uma coisa atravessada esquisita. uma insegurança mal resolvida. uma tristeza súbita. o bom é que ela passou logo, mas por um tempinho deixou rastros... outras coisas ecoaram nesse espaço. acho que fiquei triste porque eu sei abrir as tampas dos potes! sei sim... quase sempre consigo. e porque eu sei tocar flauta. não como se fosse meu instrumento principal assim... não loucamente. mas eu sei sim. agora, mesmo que não soubesse. eu gosto tanto da lola. tanto já correu comigo. e eu gosto também da várzea. de quem faz mais porque gosta doque porque quer algo mais... é que tantas vezes o fazer em si já é tudo. talvez tenha sido por isso. ou talvez mais porque a gente fica querendo acertar, caprichar e de repente dá um vazio. um vazio da inutilidade... ou de achar que o mundo não tem mesmo o meu tempo. o mundo ok. aliás o mundo não tem mesmo! aliás nem tem o de ninguém... mas eu não tenho mesmo o mesmo tempo de todo mundo, digo, da maioria das pessoas. mas preciso estar minimamente alinhada com quem está na minha vida. preciso não, desejo. acho de fundamento. básico. e acho que estou. na prática das horas cronológicas cotidianas sim. mas e na do fazer? de construir?

ai, como é que pode, né? um paragrafão pra falar de uma sensação de menos de cinco minutos. mas senti um pouco de tudo isso. foi. e meio que ao mesmo tempo. e... que bestagem... melhor de tudo, e curtir o mais, dormir que depois vem outro dia e... veio! quarta feira maravilhosa véspera de feriado. uhu.

então foi uma quarta de boa, e quinta feriadão e vai que vai até domingo, tudo as mil maravilhas! mas, digamos que eu possa contar entre cinco dias, só umas três horas de serviço. bem feito, claro. junta tudo. beleza santinho, já bati sete horas. sete dias de cheia, sete horas bonitinhas pra ti. o sexto mês! ah... o miolinho. e os meus miolos fritos na madrugada. embalada por conselhos insandecidos, estudos mil, a cabeça turbinada de pensamentos. olha jorge, tem mais. estamos ainda antes do meio do mês. até acabar junho vai rolar muitas outras danças com certeza. e, sabe oque eu acho? apesar de andar meio displicente assim, tenho cumprido tudo tudinho com tanto amor e capricho. com taaaanto prazer e, no final das contas você anda é ganhando muito mais horas que antes! mas por ora. chega. s.o.s. se preciso volto à escrita! mas agora. vou voltar é pros estudos e então dormir nos braços de orfeu e ganhando xameguinho do meu preto. que tá um frio lascado nessa cidade. e quanto mais juntinho melhor!


quarta-feira, 6 de junho de 2012

endorfina

entre as coisas que não vêem do nada... a vitamina d precisa do sol na pele pura. e a endorfina, coisa maravilhosa essa! precisa da ação do corpo. pelo movimento ou pelo prazer proporcionado. 
mesmo que seja agindo parado. isso anda funcionando bem! ainda bem.

mas com esse frio... as canetas ficam falhando. as palhetas andam meio presas. 
meus dedos estão congeladinhos na digitação seja ela qual for. e, algo nada usual aconteceu por aqui. 
nunca antes ocorrido na história da humanidade. 
coincidência ou não, foi bem numa das postagens mais simplórias que já escrevi... 
o número de visualizações de hoje, mesmo não sendo nada estratosférico, é o maior ever ever deste blog. puuuuxa... grande coisa. mas fiquei animada. e curiosa também? esse clip do touro não é tão famoso, é? 
ou será que foi vênus e sua passagem pelo sol que trouxeram para cá curiosos perdidos?

chove agora. chove chuva, chuvona e chuvinha e o dia se adianta em correrias. 
e eu pensando na endorfina de ontem, e já na de hoje e... ah, essa endorfina vicia! 
aviso aos navegantes, atenção composição da nau: em breve relatos sobre enquanto a lua se enchia... 
também sobre a virada de domingo e até então como estiver. boa.

trezentos e sessenta mais um


comecei a pensar nisso em dezessete de maio. em junho não sabia mais do que se tratava. se era coisa de uma volta completa e mais um pouco... ou alguma contagem de dias... ou? não lembrava mais que vídeo era esse. remexi, remexi aqui ali. lembrei. el toro y la luna. o touro e a lua. eu e ela. eu que ando tão afeminada ultimamente... com trejeitos mais de menina do que de costume. querendo me cuidar, me preservar. ta aí. um touro fértil e forte! apaixonado... devia de ser mesmo para a próxima lua. ou pra alguma. não gosto de pendências misteriosas. desenigmatizo isso agora. já. a música não é lá essas maravilhas, mas é bem animada! o clip é daqueles meio nada a ver. mas me lembra de quando um cavalo vadio me traduziu para alguém, nas cordas do gipsy kings. ganhei uma música 'pra mim'. porque prefiro a vida assim. porque pretendo viver a vida assim. com um amor chegado de maneira inusitada! sou feliz. não tenho culpa...e gira mais que uma volta. e me lembra que eu estou aqui na meia volta do acertado! sexto mês. e, bem... falar de touro e de lua. eu e os ciganos, tudo a ver com tudo. sempre.