quarta-feira, 9 de outubro de 2013

lapsos

a falta de memória e a quantidade de buracos que sobraram nela incomoda. muitas histórias do passada que seriam boas de lembrar só são possíveis se alguém ajudar. parece que as redes neuronais que ligam o hoje com o antigamente ficaram tão finas que já não conduzem mais nada. mas é sabido que a lembrança continua lá em algum lugar...

apesar de tudo isso, existem ainda algumas pequenas coisas que fazem a lembrança ficar viva. como um pacato vestido azul listradinho. ele traz lembranças boas! de noites gostosas, momentos intensos. não tão longíquos é verdade, são memórias um tanto recentes mas são bastante vivas e coloridas. são azuis! e são cismadas. teimosinhas mesmo, dessas que não saem na cabeça, que insistem em estar ali. uma calçada. um bar. uma taça de vinho. um xixi no banheiro. deslumbramentos. um salão para ser atravessado. conversas que nunca existiram. não pra valer... noites quentes, risadas...

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

preferindo

eu prefiro as coisas que posso fazer do meu jeito, do jeitinho que me dá vontade! e que, quando prontas, se agradarem somente a mim está ótimo, mais do que de bom tamanho. prefiro as coisas que posso fazer como e quando desejo, seguindo apenas a direção do vento, indo no ritmo lentinho das minha batidas cardíacas e viscerais. quando o momento se basta eu gosto mais, quando não há expectativa alheia é melhor, quando o fruto do depois é mero depois de agora, aí agora é mais legal...

uma pena que eu ainda não consiga ser assim com cada fração de segundo que ganho no mundo... uma pena existirem os outros, as expectativas (inclusive as próprias) e as cobranças de muitos níveis. uma pena que trabalho parece ter que ser chato e penoso quando eu acredito que não é, não precisa ser nada além de prazer e uma pequena dose saudabilíssima de teimosia.

ando meio de saco cheio de algumas coisas, quase de saco cheio da vida, mas alguma faísca em mim cisma em insistir no brilho, cisma em me fazer lembrar que tem outro sentido e que em raros e singelos momentos, exatamente como quando eu escrevo qualquer coisa que me vem à mente, nesses momentos existe um porque verdadeiramente verdadeiro verdadeirississíssimo. não é no átomo, é num átimo que se goteja um preenchimento de alma... chega de míngua, chega de mingau melado... muda vida e me renova! me conecta cada vez mais com cada segundo que realmente importa. como esse!