terça-feira, 27 de janeiro de 2015

por que existem feministas ?

bem... a primeira coisa que se pensa é: existem feministas porque existem machistas. é meio óbvio... uma coisa em oposição à outra. acho eu que enquanto for assim estamos longe de superar questões de gênero. to escrevendo isso porque estava passeando na rede outro dia e me deparei com um texto muito bizarro que me incomodou. leiam abaixo. com os meus comentários, claro !

eis o título: "32 lições feministas para a minha filha"
até aí parecia bem legal e eu estava realmente pensando em mostrar para uma grande amiga que acabou de ter uma menina, e mora longe, então eu vivo mandando coisas legais para ela sobre educação, etc... bem, seguimos... vinha então uma introdução sem muitos problemas e a seguir a lista de coisas insanas:

"1. Ter uma vagina não é uma deficiência. É um super poder."
caramba, eu sempre sempre sempre achei que eu poderia ser como a mulher maravilha! acabei de descobrir o motivo! to zoando, óbvio. achei esse primeiro tópico de uma loucura tremenda. principalmente porque vi nos cometários que num outro texto - cito ele no final, é um outro de coisas para ensinar ao seu filho - elas dizem que o pênis não tem super poderes... tipo... precisa disso?

salada mista



























tinha aquela brincadeira de criança né? pera, uva, maça ou salada mista, lembram?
era interessante divertido no final das contas vc ia acabar beijando na boca do gordinho mas enfim... fazia parte do jogo! agora a brincadeira é meio diferente...
as escolhas são: depressão, tristeza, agitação, mania ou salada mista?
oh yes! queridos, a coisa não pára por aí. tinha aquela parte do "é esse? é esse? é essa? é essa?"
lembram? tinha... sabem o que aconteceu com ela?
agora funciona assim : tem uma porção de neurônios insanos, fabricando trocentas ideias das galáxias dentro da sua cabeça que vira e mexe resolvem fazer uma reunião e questionam-se aleatoriamente coisas do tipo: é hoje? é agora? é por isso? vai dar pra achar que foi a lua? será que o motivo vai parecer ser essa conversa com ele? hoje rola? concentração ou confusão? todo mundo junto ou espalha? foco extra na primeira coisa que aparecer? dispersa? vamos lá? ou vamos pra lá? dispersa? como vamos? foda-se, vamos!!!

depressão, tristeza, agitação, mania ou salada mista?

lápis na janela ou um grito para a meia noite !

eu sei que já passou bastante da meia-noite...
não importa. acontece que certas meia-noites, somente uma vez por mês, toca um alarme especial no meu celular...
para me lembrar de um dia especial. hoje o alarme não precisava tocar. geralmente eu não me lembro mesmo (por isso tenho o alarme!) mas hoje, choramingando, eu me lembrava...

domingo, 18 de janeiro de 2015

um misto quente e um café puro

era alguma coisa perto da hora do almoço do ano de dois mil e quinze. estava um verão escaldante, desses que se achava que seria inesquecível de tão quente... não fosse a significativa piora dos anos seguintes. até a lamentável situação em que nos encontramos atualmente. a cidade de são paulo sempre tornou as coisas ainda mais difíceis no calor. num ponto de tal gravidade que a corrida pela arborização pouco adiantou.

dois mil e quinze; tipo meio dia. ela acorda com a cabeça cheia. não era uma dor. mas era insuportável. como uma insustentável leveza, só que bem pesada. ela sente fome. mas não há nada, não há ninguém. comida nenhuma não tem. mas tem pó. antes de tudo, como o diria aquele moço que destruiu a dicico dois anos antes: tem pó.esia ! e poesia tinha. e tinha pó de café. aquela coisa que rima com fé e que não costuma falhar e que é bom para acordar.

uma caneca de café preto no desktop. um coelhinho que poderia tocar piano com ajuda de quatro mãos e duas moedas que lhe dessem forma. uma caneca branca com balões coloridos desenhados. uma ideia de afeto. aproximadamente cento e cinquenta emiélis do divino líquido preto. antes que se consuma como um todo, três cigarros já fumados.
açucar ? não, amargo ! pro âmago. o gosto puro alarga mais o paladar. apura mais o olhar. não faz maquilágem na vida. café bom é café amargo. e tenho dito.

estava ela no auge do seu novo episódio. "você está em um episódio misto" tinham dito. era domingo e nada fazia sentido. no papel, listas e listas intermináveis de coisas para fazer. ideias mirabolantes. projetos fecundos sem entretanto fundamento algum além da imaginação. e do afeto. atos falhos de conexões aleatórias. dobraram-se as drogas para amenizar a angústia. a agonia do não poder fazer tudo. a agonia do tempo faltante. de tal pronto que com tanta droga ela se sentia mais mista do que nunca. tendo vista que as alucinações de todo tipo - visuais, pensamentosas, auditivas e ideológicas - as alucinações não cessavam. mas o ímpeto de querer fazer tudo ao mesmo tempo se apaziguava.

era domingo. estava muito calor. a fé não falha. o café acorda. desperta, ela jazia os pensamentos em folhas de papel novas e em novas descobertas. ou tentativas : como recontar a história e editar o tempo? como fazer um cigarro durar mais do que cinco minutos? que músicas serão tocadas no dia de hoje? que discos serão vendidos? haverá mesmo algum sentido? precisa?

precisada de nada. vestida para um reveillon particular e privado. calcinha e sutiã brancos, puros, castos. vestida como um 'soldado do bem' - mas seria melhor se houvesse um substantivo feminino para isso - mascarava todo seu blefe e sua má intenção de destruir camelot e de revolucionar toda a nação... tínhamos então uma quantidade reduzida agora de café na caneca e um quinto cigarro em brasa. a cabeça quente e borbulhante. em chamas! eletricidade descontrolada na sua rede satélite intracrânio. pensava demais. excesso de nuvens. pode chover mais tarde... e se assim for, nada passará. pensava alto : "vamos viver a vida, porque só pensar nela atrasa !"
e... "quem me dera alguém aqui para me fazer um sanduíche !"


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

resumo geral e/ou game over

temos um belo 00:00 no relógio aqui. um bom instante para tentar zerar a porra toda. prometi que escreveria mais do que litros de letras. que escreveria metros cúbicos de palavras. eu queria. eu precisava. eu escrevi. tenho aqui lindos nove - um número significativo - nove rascunhos. rabiscos bizarros de ideias várias misturadas... começava num, ia pro outro, escrevia outro ainda, tinha outra visão, outra abordagem possível me vinha, outras e outras e outras...até que realmente consegui escrever dois textos. um poético e outro explicativo. ambos introdutórios. na hora que o bicho pegou e eu comecei a escrever sobre o que sentia. a confusão tomou conta do meu ser, uma tempestade de raios invadiu minha janela, eu chorei baixinho muitas e muitas vezes. eu tentei engolir o choro. eu pensei se alguém iria ler algum dia. se alguém com quem me importo leria. se algum desconhecido se importaria. se... haveria depois. se há chance de alguém ter crédito depois de realmente dizer o que pensa... sem ser xingado, excluído, maltratado, rotulado como louco... só estou conseguindo escrever essa porra agora porque saí pra comprar cigarros. ver os raios da perspectiva da rua me colocou ainda mais no meu devido lugar. pequena. sem crédito. sem chance. frágil. impotente. o que é maior que a gente é definitivamente maior que a gente. então eu tive coragem de desabafar do jeito que as pessoas no meu estado desabafam. pedi ajuda. não precisei implorar e acredito que serei ajudada. se bem que, no caso, a ajuda eu não implorei mesmo mas fico com a sensação de que preciso implorar as coisas... chorei muito. dessa vez pra valer. não chorei tudo que tenho pra chorar. parece que hoje eu fui agredida pela vida. agredida por mim mesma. açoitada. e fiquei mesmo arrasada, acabada, criticamente... nuvem negra. ovelha negra. viúva negra. e por que raios tanto negrume? e por que raios o negro é tão ruim. pesado. psicológicamente amendrontador... por que? fato é que hoje eu voltei ao quarto escuro. lugar aonde não ia há um certo tempo... ontem eu já não estava na melhor fase da vida. comprei dois maços de cigarro. por preguiça ou por intuição. fumei os dois inteiros hoje. isso não é normal. não tá certo não...

o relógio marca agora 00:13 deve ser uma hora da sorte... perdi o zero zero zero sete que tanto gosto. perdi o onze que também é bem bacana. tipo a hora do portal. mas a hora do portal mesmo é onze onze né? esboço um sorriso com a minha perguntinha... maligno eu diria. um sorriso de quem pensa: eu nasci as 04:28 do dia 28/04 e depois novamente por volta das dezessete horas de um dia dezessete... que interessante seria se eu morresse, por exemplo, à uma e quinze do dia quinze do um... talvez fosse exatamente em 01:15:15 em 15/01/15 !?! ou ainda melhor hein... às 15h01m15s ! perfeito! mas de verdade eu não gosto muito desses números. não gosto do número quinze. eu gosto de números primos! 1,2,3,5,7,11,13,17... 59... 71... 89... 97... eu sei que o um por definição não deveria estar nessa lista mas eu gosto dele. um, om...

acho que eu morreria feliz no dia treze de maio as cinco horas e treze minutos da madrugada. sim de madrugada. subitamente. por algum ataque. num acidente. bêbada ou surtada. deveras onírica. isso deve aliviar. e que eu morresse rápido. sem sentir. e que eu pudesse, em qualquer ano que fosse, ter um simbolismo bem grande de libertação com a minha morte. certamente vou sentir falta de várias coisas mas a possibilidade de começar de novo me animará mais do que o que ficará para trás. talvez, e somente talvez, as pessoas deixem de falar mal de mim. esqueçam os meus atrasos ou passem a considerá-los bem. não digam mais que sou extravagante, extravasada, espalhada, invasiva, psicótica... ou, se disserem, dirão como que isso fosse algo especial. dirão isso porque eu morri. se continuasse viva, continuaria sendo ruim. ruim pra caralho.

00:33 pra lembrar que jesus morreu na cruz. pelos outros. coisa pouquíssimo valorizada hoje em dia... e, muitas vezes, os que valorizam são uns baita... é uma pena. ou talvez eu esteja sendo mesmo preconceituosa. preciso rever muitas coisas. enfim, isso tudo aí que eu vomitei em coisa de meia hora resume mais ou menos o meu dia de hoje. fui agredida. fui mal compreendida. um escorpião me picou e fudeu tudo. pelo menos consegui escrever essa bagaça. sem entrar nos detalhes concretos e materiais, sem falar tudo mesmo que sinto. sem muitas firulas, sem questionar, sem querer parecer ponderada. só a borda do copo. a espuma do chope. taí. é isso aí. game over.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

o dia. a lua. essa energia. e... bem, minhas anotações

tentando entender desesperadamente... por que tanto incômodo e desespero no meu ser no dia de hoje? por que tantas atitudes impensadas? por que? se desde ontem eu já estava canta o mantra : calma menina, pensa antes, respira fundo... desde ontem que a minha tolerância estava tipo nível zero, desde... tá. tá bom... não tava nível zero mais estava bem baixa! e os sentimentos bem confusos. a ponto de eu quase ter tido um ataque de choro por causa do problema de outra pessoa! tipo... n-a-d-aaaaa a ver ! uma coisa à "flor da pele" daquelas de arrebatar. de arrasar mesmo...

certo. que foi que eu fiz? adivinhem! pensei logo "deixa eu ver como raios anda a lua!" batata. batatinha. eu, uma mulher-oceano, vou muito na maré! muito mais do que gostaria. definitivamente mais do que posso controlar... sad. sad but true. tá, as vezes é legal ! as vezes é ótimo! mas quando é ruim é uma merda. hoje (ontem também) tá ruim.

eis algumas das coisas mais interessantes/relevantes que achei por aí ::

"" a magia da lua está em escorpião (...) é durante essa passagem que a maioria das coisas misteriosas acontecem. não é de se estranhar, já que este trânsito ocasiona o aumento da sensitividade e do psiquismo na grande maioria das pessoas. não é bom visitar lugares onde se pratica o baixo psiquismo. não é um bom momento para tratar de assuntos materiais. tudo fica mais especulativo e o desejo de levar vantagem aumenta demasiadamente. deve-se evitar tratar conflitos e assuntos litigiosos. ao tratar este tipo de assunto, o mínimo que se vai conseguir é o rancor das pessoas.
existe muita curiosidade no ar. em festas, bares e restaurantes, a troca de olhares torna-se muito mais penetrante. o magnetismo das pessoas está extremamente aumentado e parece que todos percebem além do físico e da personalidade. o mistério e o magnetismo aumentam a atração entre as pessoas. o ciúme, se aparecer durante este trânsito, vai vir acompanhado de muita agressividade. exercer um maior controle sobre a vida dos outros parece se tornar uma necessidade durante este trânsito. (...) se um conselho pode ser dado é: aproveite a profundidade de seu olhar e olhe mais para você. ""

muito bem meu bem. isso explica algumas coisas, complica outras. explica reações agressivas, explica medos e incômodos meus. coloca o conflito no mapa. realmente, hoje foi um dia de conflitos! e de temporais ! internos... e também reais (tá chovendo pra caralho, tá tudo preto aqui) e... "coisas misteriosas"? puts... me encasquetou. mas vamos lá. escrever é um dos meus jeitos de me observar!

"" energia do dia - a lua míngua no signo de escorpião, sinalizando um bom momento para rituais que visem eliminar os vínculos emocionais de possessividade. quem estiver tentando deixar uma relação para trás e ao mesmo tempo, com dificuldades para isso, pode fazer esse pedido ao universo no dia de hoje. ""

isso arrepia minha espinha e me dá calafrios ! confesso: faz sentido. tem algum sentido. o bom é que a convicção no que se deseja tem força maior. o amor. se verdadeiro... isso por que 'quem está tentando levar uma relação à diante' apesar dos perrengues astrais (e os reais, óbvio) também poderá ser atendido pelo universo. sempre! todo dia, não somente hoje. e... daí eu fiz um pedido assim: 'cosmo amado, permita-me um tudo na boa com o meu namorado' ♥ não há pertencimento. há de ser uma entrega. todo dia uma entrega. é caso de escolha. conjugar-se na primeira pessoa do plural é tão legal que supera a presença chatinha e inevitável dos pronomes possessivos. faz parte. a questão é: como lidamos com isso? 

"" nesta semana, na terça feira, é o início da fase minguante. momento de começar a soltar os equipamentos para a escalada e agora com prática e tarimba para fazer algo novo, extraordinário. que medos, crenças e condicionamentos impedem continuamente e repetidamente de atingir metas, conquistar alvos e concretizar o que se almeja? ideias antigas, limitadoras que sabotam que trazem frustrações. (...) e que bela ambição escalar as próprias montanhas internas ! e o medo que vem junto com isso pode ser compreendido e superado. será que ele é do tamanho de uma montanha, ou o tempo, os anos o fizeram crescer de forma desproporcional e ilusória? crença em cima de crença. medo em cima de medo. dias oportunos para perceber, refletir e considerar. (...) mercúrio e vênus juntos no céu proporcionam abertura para conhecer pessoas e formas diferentes de viver e se relacionar. no mínimo originais e realmente de vanguarda. envolvidas em projetos coletivos, de melhoria de vida para todos, convicções claras de viver de uma forma menos desigual em sociedade, sustentável não apenas como modismo ou para ser politicamente correto.(...) quarta-feira - hoje - a lua em contato com netuno e a sensação de conforto emocional depois da noite que pode ter feito uma bela faxina e purificação de toxinas mentais, emocionais e psíquicas. depois a lua faz sextilha com plutão e deixa claro o que intoxica: desde ambientes, pensamentos negativos, situações e relações que podem ser evitadas com firmeza, cortadas antes que ganhem fôlego e espaço. depois deste dia de limpeza, das discussões e disputa por ideias para provar que tem razão, é jogar fora a oportunidade de transformar o que já está claro. ""

caramba... sem falar que é minguante, né? aquela coisa que míngua... então a possibilidade de deixarmos pra lá e deixar tudo passar fica meio no ar. esperar que o tempo apague? é uma grande tolice pois, o tempo apenas cicatriza, nunca apaga as marcas! ou... o tempo acumula os fatos, ressignifica vivências e... sim, as coisas mudam. não se apagam nunca. que eu possa, em vastas e confusas linhas, encontrar com clareza o que me intoxica. busco especialmente observar internamente... mas, se o momento é oportuno, que eu possa ter visão de tudo! claro.

concluo aqui com uma certa esperança, algumas conclusões que realmente justificam meu animo alterado. e a cabeça cheia de ideias e um pouco mais de clareza para passar a noite inteira e a madrugada escrevendo feito uma condenada. condenada a estar sempre iluminada! principalmente na madruga... pela lua!

e... como boa moça que sou, cito as fontes ::

http://www.cigano.net/horoscopo/horoscopo.asp#ixzz3Opqp1mG5
http://www.facesdalua.com/energia-do-dia/lan/br
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/ceu.htm

estão na ordem que as citações aparecem, respectivamente. devo dizer que me intrometi nos textos, mas, minimamente, eu juro. e obviamente sem alterar o sentido. quem quiser que confira no original.

preparem-se !

tudo indica que a coisa por aqui vai bombar hoje !
tenho tanta mais tanta mais tanta mais tanta coisa pra dizer...
tanta mais tanta mais tanta mais tanta coisa na minha cabeça borbulhante que derramá-las faz-se mais do que necessário. é, como eu digo às vezes sobre a minha relação com a escrivinhatura, inevitável ! é ! é inevitável...

então... vou derramar tudo o que puder e depois, espero que o caldo fique saboroso.
sim, não quero de jeito nenhum "entornar o caldo" ou...
bem, se for pra entornar alguma coisa, que seja uma paleta derretida em todos os tons entre o azul e o amarelo incluindo os verdes mais variados. e que seja para colorir os dias !

derramando, entornando, despejando, extravasando, extrapolando, expondo,
pintando, temperando, saboreando, ilustrando, desenhando, colorindo, escrevendo...

preciso um pouco mais de mim. eu. só eu. de mim. e só.
mas a máxima do diálogo:

- quem é você?
- eu sou eu.

sempre me ecoa e ecoa bastante... eu sou eu.
eu sou duas. eu sou dois.
eu sou o que se denomida de um "eu"
eu sou como/o que me vem e me vêem de fora.

por isso eu quero mais do mundo. quero mais do outro. dos outros ! 
quero ser por mim e para você!
quero que você saiba... 
que até as coisas mais grotescas, sarcásticas e tenebrosas que eu possa vir a dizer...
que até mesmo elas deveriam ser em primeira e maior instância uma possibilidade boa!
de enfeitar de amor todo o planeta terra.
por que é justamente enxergar o belo na coisa torta que faz com que o mundo possa ser...
melhor e mais colorido. profundamente colorido. bem bem beeeeem...
colorido !
eu tenho muitas cores.
eu tenho fases.
eu tenho meu lado oculto.
que por mais que eu expresse e esbraveje... 
não importa.
é negro, escuro, obscuro e obtuso.
e... não é compreendido. talvez sequer seja compreensível !
não importa.
que seja como for possível...
interprete !


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

perspectivas e resoluções

tudo.
tudo.
tudo depende do ponto de vista.
de um estado de espírito.
d'um olhar que interpreta.

estou cansada de apontar meu olhar...
de dividir meu olhar...
de explicar...

fodam-se!

quem quiser entender e aceitar precisa,
por si próprio,
olhar através dos meus olhos.
e pronto.
sou permeável.
disponível.
eu sou espalhada.
sou geléia.
cuidado.
se por ventura você perceber que quando me fita sua imagem se fixa em minha retina.
talvez eu pareça pegajosa.
talvez uma cretina.                             [ mesmo com as melhores intenções ]

eu sou esponja.
se quero, absorvo.              [ isso não garante profundidade ]
dá medo.
acho que assusta porque é quase demais.
só não transborda porque...
dá medo.
porque sim, eu sou capaz.          
disso,                                          
e de muito mais.                                   [ como ir mais fundo do que devia ]

quem sabe,
sabe !

estou resolvida,
entretanto.
quero mudar meus atos.
suspeito que nós só andamos juntos porque...
eu conjugo
nós andamos.
eu conjugo
no plural.

ainda sim.
dá medo.
mas eu vou mudar meu passo.
chega de dançar conforme...
dançarei minha música.
olhando um céu.
ainda sim,
a canção que desejo
para um baile dos sonhos.
é coisa da natureza.
não é minha.
pessoal.

desejo espiral.
desejo mundo.
escuto pinguins     [ quentinhos ]
periquitos               [ travessos ]
sabiás                    [ safadinhos ]
rouxinóis                [ sonhadores ]

estou resolvida,
portanto.
quero seguir a vida.
nunca só.
sempre junto.
quero dançar no meu passo.
sim.
quero dançar
a música dos pássaros.