terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

uma lua cheia absurda

tem uma porção de coisas orbitando ao redor da minha cabeça... coisas que preciso, coisas que quero, coisas poderiam... então, um sono emplaca o cochilo do meio dia! as noites têm sido absurdas. excitantes em demasiado. ontem. meu sono foi pro espaço! foi dançar com outros sonhos acordados lunáticos por aí! a sensação é de essa cheia agita as águas e que também, em mim, todos os líquidos estão esfuziantes! anteontem, quase que desisto de dormi ao vê-la. já pras de cinco da manhã... estava amarela... foi laranjando. linda! linda! absurdamente linda! tão deslumbrante que não resisti. espalhei 'auto-testemunhos' por aí...

para mim mesma :: "madrugada 25 de fevereiro. caralho que lua linda! amarela as 4h e tantas da manhã... sinto que agora começa o ano! começa tudo... que poder! quase fui pegar óculos para ver melhor... o gato também olha para lá. está alucinante!!!"

para o meu namorado :: " (...) p.s. a lua tá absurdamente linda! meu deus... tava amarelinha... mas agora a lua está grande e laranja! muito foda. quero você."

para uma amiga que colocou uma foto da dita lua na internet :: "menina, ontem de madrugada vi a lua amarela... depois, laranjando... gente, quase peguei meus óculos só pra ficar olhando as definições multicores lunáticas! me deu uma vontade súbita de levantar da cama e fazer alguma coisa! pintar um quadro, montar uma coreografia, compor uma música! qualquer coisa! linda, linda, linda"

quis reproduzir tudo aqui de novo e para todo o sempre porque não quero me esquecer dessa noite. dessa visão que tive. acredito que nem vá conseguir... como bem me lembro, igual se fosse ontem. uma noite em laguna, era cedo, nove da noite ou menos e a lua estava subindo gigantesca e laranja beeem clarinho. eu vi ela sob o mar, estava na sacada do restaurante baleia branca. lembro direitinho... como bem me lembro também, da primeira lua que vi quando cheguei na grécia. tinha a nítida sensação de que ela estava mais perto de mim e eu mais perto dela. estava branca, normal. mas os desenhos muito mais nítidos e grandes... talvez diferentes. eu estava diferente. eu mudo a cada lua. certamente também estou me mudando agora. tudo está.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

muitas rimas


rima combina com risada. e foi mesmo. coisa divertida como rimar um 'cabelo diferente' com morder o pêlo no dente' ! então aconteceu uma vez que ela saiu do salão de beleza. coisa que só acontece uma ou duas vezes no ano, por ser pouco necessária e muito supérflua... saiu de lá, rindo, encantada, surpresa e assustada consigo cada vez que se olhava no espelho. brincou com ele, que estava tomando um banho como se fosse uma musa, disse que estava linda. metida mesmo, nada modesta. as risadas só se multiplicavam. a continuação da brincadeira foi perguntar: musa rima com... ? e então surgiu um poema. claro! poeminha de divertimento, tipo do Shakespeare mas com uma quadrilha extra! veja só que beleza!!! (ok. eu sei que se chama quarteto, mas quarteto rima com chato e quadrilha rima com festa junina, que é mais legal. certo?) contei as sílabas, está bárbaro! e bem ajeitadinho. não tenho nenhuma pretensão à poetisa, mas a diversão é o que vale, não é mesmo? sempre... e o título, simples e óbvio...


musa rima com...

confusa. mais perdida que a vanusa com o hino nacional...
merluza de apetite noturno em águas bravas de temporal
lambuza... se enche de perfume. e pede: me usa! abusa de mim!
parafusa um norte, introduza uma sorte, me seduza esta noite

mais que uma sereia, um filet. gostosa, saborosa.
apetitosa como é. no azul. na nueza. deusa em beleza
seria vossa alteza alguma paixão dessas versadas
por cazuza em qualquer canção?

vem em rosa de botão. vira jerusa. frieza intrusa!
reduza essa aparência obtusa. reluza! é sabido de tudo
que se pretende com tanta boniteza. e esta negação tão besta
é como uma estranha hipotenusa sendo servida à nossa mesa

tira então a blusa... reproduza a sua insanidade musicada
fusa. semifusa. quartifusa. percutindo toda madeira.
estrado da cama levantando o pó da estrada... longe
logo toda a musa era tusa. louca, russa.

como uma ursa faminta olhando seu salmão
professora se virando com força à lousa
e então, sem pausa. logo infusa. ferro-gusa
do lastro que apruma. e com a mão leve arruma seus cabelos

n'água agora, onde banha a musa
está erguida uma eclusa

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

da gravidade...

é. porque não há novidade. existe a lei da gravidade. a gravidez do tempo. o peso das coisas. e, sempre passa que, em algum momento ou outro... algo que não se controla vêm impor força - incontrolável - e de certa forma previsível sobre si.

e quando se pensa em definitivamente dar um nó no laço bonito... é sempre bom lembrar que nó é uma porcaria. bonito mesmo é o enfeite que permite a livre contemplação da beleza das coisas. e que se preocupar em preservar esta beleza infinita tem mais força e mais poder que qualquer nó cego desses que se faz por aí. e quando se pensa em definitivamente dar um nó... as vezes é sem querer. é de achar bonito o laço e desejar que não se desfaça. coisa que não é possível. um nó só torna tudo mais dolorido, pois que o desfecho vem com tesoura e faca e... dor. ainda mais dor do que a simples tristeza de se desfazer um rococó bem cheio de beleza.

quantos e quantos olhos já não estiveram a contemplar aquela flor? e tantos cetins que serviram de par para formar o adorno. adorno, disse ele - teodoro... disse ele que... ele não disse 'eu te adoro' - disse que essa razão que aí está tem uma lógica meio errada... disse ele. como bem diz beije à mim benjamim, que as coisas precisam deixar de funcionar assim. fazer, construir, produzir, reproduzir, pra que? pra que tanto? de que precisamos de verdade?

e quando se pensa em realmente realizar a possibilidade de reproduzir seu dna por aí, mesmo que em planos de longo prazo e data indefinida, com alguma espécie de mago. 'istari' que fosse. mesmo que imortal só em pensamentos, com todo aquele poderio físico e mental incalculável... coisa que muito seduz qualquer ventre feminino. humano. e não somente o ventre... é mais. quando se pensa que algum mago, tanto mais poderoso que o reles principezinho, já apoderado de suas vontades todas, cativante de ti... se pensa assim que ele é insubstituível e precisamente ideal. 

é como ver uma beleza se desfazer num semblante irado e cheio de inseguranças, repleto de incômodos que incomodam também a ti. a fragilidade de tudo fica exposta. á mesa os ingredientes da natureza. não há novidade aqui, estamos na lua crescente e é coisa sabida que a energia de hoje esteve inquieta e irriquieta... além da braveza, uma certa ojeriza te afasta. demonstra à repulsão que um afago físico nem sempre aplaca - nem mesmo a mente brilhante, e nem - o coração irritado de um mago...

se você jogar uma pedra para cima, num ângulo de noventa graus certinho e não sair do lugar em que estava quando a jogou... é inevitável, o tempo e a velocidade podem ter variações - que implicam na força com que se dará o retorno - mas é fato infalível que a pedra cairá de volta em você e sobre o teto da sua cabeça. isso não é quântico, não é complexo, não é a auto-ajudística ideia da lei da atração. não. é coisa básica, óbvia, observável cotidianamente. é o fundamento dos equilibrismos e malabarismos mais incríveis : a lei da gravidade. e ganhar dela está entre os desafios master master de todos. pode bem ser o motivo de viver de uma grande orla de aventureiros.

e quando se pensa que sua vida só poderia ser aquilo para sempre, que tudo faz sentido, que todos estão felizes e você se realiza com tudo aquilo que faz. alguma intempérie imprevisível pode lhe arrancar de todas as certezas e te jogar num poço sem fundo. no meio do nada. é redondo o mundo e sempre, se não há fundo, existe outro lado. jamais deixamos de ser aquilo que realmente somos. os nossos verdadeiros heróis existem, ainda que mortos nunca deixam de existir. nossos príncipes e sapos passeiam em cavalgadas e jardins e lagos. julgo serem poucos e raros os magos, de forma que dificilmente terei com outro. sequer desejo uma procura deste tipo. e quando se pensa que sua vida só poderia ser aquilo para sempre, que tudo faz sentido, que todos estão felizes e você se realiza com tudo... pode ser essa a maior das verdades, um grande motivo para se continuar a viver, a escrever, a querer, a fazer as coisas... porque os verdadeiros laços não precisam de nós. porque o melhor presente de todos não tem embrulho, nem imbróglios! é aqui e agora. é todo momento. já.

além de tudo o mais... por se questionar a razão - ato este tão saudável!; por ser humilde perante a natureza do mundo e a natureza das coisas - tão pouco sabemos de verdade e tanto há que se desvendar; por ser livre - principalmente para inventar, reinventar, criar e recriar. por isso tudo e além do mais, é certo que existem outras coisas. outras possibilidades, outras vertentes, outras formulas, outras leis, outras estrelas, galáxias! outras maneiras de agir, de sentir, de expressar que nós não conseguimos conceber e perceber. por nos serem alheias... mesmo que estejamos bem ao lado delas. há sempre o novo. eventualmente até dentro de nós um velho sentimento de novo se revela. podemos colorir, revestir e travestir tanta coisa... no fundo, o agito de tudo, que movimenta e esquenta o pé pra andar é uma preguiça danada. aquela preguiça boa... junto com a mexilhisse de querer algo, querer fazer algo. um desejo maior, para um bem estar maior e... é bem mais fácil se sentir mais forte, maior e mais potente em bando... mas antes, e ainda mais importante, em parceria. e ter desejos maiores juntos, planos e ações estratégicas! e tantas e tantas brincadeiras mágicas... que só se saberão ali entre si... nos meandros do 'estar à vir' compartilhado por escolha. procurado, proporcionado. cada cuidado... cada piscar de olhos...

basta um cochilo, surge um sonho. um sonho de creme! fresco, salpicado de cristais. doce feito de coisas boas da vida. e pra quem gostar de um sabor amargo e forte, pra lembrar da intensidade das coisas. sinto cheiro de café passando... a atmosfera está repleta de cheiros. de sonhos. de lembranças. o ar vive grávido de ideias e de ideais. orbitam galáxias de memórias em torno de nós. memórias do que já foi, memórias do que virá. enquanto a beleza maior está no presente que se desempacota automaticamente. a cada instante... no semblante que surge desenhado na fumaça do cigarro. no colorido esfuziante de um rock progressivo. no próximo gole. no movimento das mãos. no vai e vem dos pulmões. no estalar do joelho. a atmosfera está repleta de pequenos 'agora já é o futuro'. se ela estivesse aqui, diria de novo, como já o disse um dia: que bom seria se pudéssemos editar a vida... e reviver, reviver e reviver novamente mais alguns bons momentos antes de se entregar ao destino. 

e quando se pensa que se é o que é. verdade irrefutável. sim, cada qual é o que é. pode mudar, claro... mas antes disso, nunca se sabe se realmente se sabe o que é que se é. e quando se pensa saber, descobre-se de novo. entre paixão, irritação ou auto-preservação apática... quando não se sabe bem, sabe-se nem se é vivo ou morto. sabe-se nem se pode escolher o que quer ou se aquilo que quer é que se faz com que você escolha querer. se bate meu coração em desaceleramento... nunca sei se é para durar mais ou se desligar a qualquer momento. por já exposto, não há mesmo preferência nisto ou naquilo. é sigilo oculto. muitas vezes ocultíssimo! o real ser da verdade mutante das coisas. é mistério oculto. tantas vezes misteriosíssimo! o tamanho do ruído e diferença de sentido entre o que diz e o que ouve, entre aquele que faz, e o que vê e  interpreta... mas não é nem mistério nem obscuro compreender a lei da gravidade. e visível e sentível. 

mesmo assim, a gravidade das coisas tem peso exclusivamente interior. tudo que não é objeto material cairá sobre a sua cabeça na proporção em que se deixa subir demais o peso da imatéria inexistente - mesmo que exista na sua mente. assim, aliviar a nebulosa de algum jeito e olhar com foco nítido, meticuloso... sempre procurando um brilho cintilante onde quer que esteja! é uma forma bastante possível de diminuir a força da queda em retorno. porque, bem, não expliquei, mas as coisas imateriais voltam sempre para nós independentemente do angulo em que são lançadas... todas elas.

lua nova... ano novo!

agora sim! comecei tudo com pique total.

já tivemos o ano novo do dia 1º de janeiro. e eu acordei ao lado do meu querido...
tivemos a comemoração do ano novo chinês aqui na liberdade e eu, de repente, vi os fogos - também junto do meu querido - surpreendida com as luzes e barulhos em plena 23 de maio! simplesmente fiz a volta e ficamos os dois vendo... um momento deliciosos que me lembrarei sempre. 
nos abraçamos de montão, trocamos beijinhos e votos de bom ano novamente!
então me parece que o novo ano lunar na china começou só na semana seguinte ao acontecido por aqui. 
é, aqui foi em 3 de fevereiro e li notícias da china de 10 de fevereiro... vai entender... 
e olha, tem mais, o ano novo maia, que também segue - e como segue! - a lua, parece que começa só lá pro meio do ano. em junho, ou julho, nem sei...

está bem. pensei em falar sobre a lua cheia de janeiro. entre os dias 27 e 2 de fevereiro... mas sabe?
primeiro que aconteceu tanta coisa maluca neste janeiro... e, além do mais, pretendo sim - e com muito gosto - continuar dedicando toda q qualquer atividade de dança à noite ao meu santinho jorgito e tudo mais... sem promessa nem nada. mas, mais que isso. quero é me antenar mais na lua. aliás nas luas! 
por exemplo hoje. eu realmente queria dormir cedo. but... essa crescência está me matando. nem vivo nem durmo... nem sei o que fazer... daí que escrevo loucamente! cá estou. 
achei até essa música do lulu santos com esse menino bonitinho aí que se chama 'ano novo lunar' - a música, claro. e... sei que já escrevi sobre isso mais no início do ano. mas é que estou numa vibe pesada... na levada da pegada do :: agora vai!!! agora foi, bora lá desembestar de vez! vamos trabalhar meu povo. 
que seja lá o que for toda noite tem lua! mesmo quando você não vê!


doze pra treze

esse era para ser o post de fechamento, falando das duas luas cheias de dezembro! a que findou no início do mês e a do dia 27 ! e assim seria também o post de fechamento final geral de tudo. do ano passado. da promessa lindamente cumprida etc e tal... entretanto, nesse país o ano demora a começar que é uma coisa! daí que estamos há dez dias de acabar o mês de fevereiro e só agora eu paro para escrever isso aqui. pois foi só essa semana que ano começou... não foi?

vamos lá. vai precisar ter uma recapitulação geral para conseguir dar conta disso...

1ª lua cheia de dezembro começou em 28 de novembro. era uma quarta feira. eu acordei ao lado do meu amado, é certo que rendemos a noite... mas na noite de quarta não pudemos estar juntos, na quinta sim, aí sim. e na sexta foi só no after hours, rolou até uma baladinha antes - onde dancei movimento um pouco, sim! - e tudo mais. daí começou dezembro, já era sábado. finais de semana sempre rendem. os domingos nem sempre. e tenho anotadas ainda aqui algumas reticências. até que no último dia do ciclo da lua cheia do ano do calendário gregoriano de 2012 tenho aqui a seguinte anotação: "fazendo carinho na sobremesa" coisa que me remete à brincadeiras bem regadas à sexo. sim. mesmo assim não consigo precisar se dancei todas as noites. mas é mais que certo que meu saldo estava quite. isso sim.

até porque continuamos a brincar ao longo do mês dias a fio. minhas anotações são repletas de coraçõezinhos e indícios de mimos. foi, inclusive, aniversário do meu centauro neste mês. coisa que me lembro termos comemorado bastante! até que veio a 2ª lua cheia, que começa em 28 de dezembro e termina já neste décimo terceiro ano, no dia 5 de janeiro. estivemos plenamente de férias, assim, anotações quase zero... mas eu ga-ran-to e juro de pé junto que dancei, dancei, dancei e dancei muito! afinal, tudo era festa! daí, resta-me o que? agradecer muito meu santo. todos os meus santinhos aliás, mas especialmente ao recentemente mais famoso do que nunca São Jorge! e salve jorge...


bisbilhotices...




coisas da natureza... o sexo, por exemplo. a curiosidade! ta aí outro exemplo... 
foi engraçado outro dia, que meu parceirão ficou - sem querer, 
vamos acreditar que foi suuuper sem querer... 
ele ficou xeretando aqui minhas navegações internéticas e se deparou com minhas últimas 
visualizações de filmes pornô. que ele já sabia que eu vejo vira e mexe, beleza. ela sabia. 
e isso é coisa pra lá de normal. ok. 
só que dessa vez, o curioso se meteu a ver o que é que eu estava vendo especificamente... 
tipo ficar assistindo o mesmo vídeo que eu vi... que delícia. 
e mais ainda, depois me disse que gostou de ver, que ficou excitado e tudo. 
é mole ou quer mais? é nada... é duro! é duro e levanta! 
bem educado que é uma beleza... no fim, eu gostei! viu?

ela de pileque

devia fazer muito tempo que essa garota não bebia tanto. dava para perceber... estávamos todos na casa de uma amiga e uma bela hora da noite resolveu-se brincar um jogo de adivinhações mais conhecido como 'brincadeira do adesivo'. trata-se de um colar um adesivo, pode ser qualquer etiqueta ou fita crepe que está valendo, com um nome de uma pessoa famosa, qualquer sujeito conhecido por todos os presentes, uma pessoa pública digamos. então você cola esse adesivo na testa do outro ou da outra, no caso era uma graça de moça bastante risonha toda interessada em brincar. e, claro, deve colar sem que ele, ou ela, veja. daí seguem rodadas de perguntas daquelas que só se pode responder com 'sim' ou 'não' até que alguém adivinhe. ou erre... e, como sempre, nessas brincadeiras de 'gente grande e boba' quem erra tem que beber! como se já não estivéssemos bebendo. tinha cerveja à rodo na mesa. já estávamos todos à casa, certamente dormiríamos por ali então, podíamos beber à vontade. mas quem errasse tinha que beber uma dose de pinga, só pra avacalhar. claro. mas a pinga era muito boa. bem leve, dessas que as menininhas bebem dando risada. brincadeira, nem tanto. muitas mulheres são um pouco mais sensíveis à certos níveis alcoólicos  mas, a minha menina não. bebeu pinga dando risada! e como bebeu.

acho que foi um pouco porque ela é meio metida a besta. foi a primeira a acertar o seu personagem, nem me lembro qual. mas foi, acertou logo na primeira rodada e ficou toda cheia de si, toda alegrinha. afinal, nunca tinha jogado aquilo antes, nem sabia como era. não sei se foi sorte. mas foi sorte dupla. ou melhor, foi sorte minha! que o segundo personagem colado na testa da garota cheia de gargalhadas foi a sex symbol Madona. pessoa fácil de acertar, não é mesmo? pois foi quando a garota sortuda, inteligente e cheia de charme resolver bancar a generosa e, já tendo certeza absoluta de quem se tratava a figura escrita em sua testa, começou a dar chutes lunáticos só para não estragar a brincadeira... de fato ela teria acertado bem rápido, de novo, a segunda rodada. um pouco foi pra não ser a única a ganhar sempre. para todo mundo rir. mas tenho minha suspeita se não foi pra entornar de vez aquela cachaça boa. seguiram-se outras rodadas, todos ríamos bastante conversando bobagens e envolvidos no jogo. mas eu notava bem, que ela já estava mais que alegre. foi-se a noite. todo mundo de boa. até aí não rolou nada. fui me deitar.

eis que me entra aquela mulher alucinada no quarto. bêbadinha que era uma beleza. eu já estava até dormindo, nem sabia mais o que fazer com ela. entretanto, o corpo sabe muito bem o que fazer. ela veio pra cima de mim me beijando. eu já estava rabugento de sono, mas fui gentil, claro. como distratar uma moça daquelas? mal pisquei o olho e ela remexia meu pijama, coçava meu saco querendo tirar meu pau pra fora. me chupou sem dó. safada, com vontade mesmo. eu ainda estava com sono, de verdade, com um puta sono. eu também tinha bebido e tudo e já estava praticamente dormindo quando ela entrou ali. mas caramba, em cinco minutos meu pau estalava de tão duro e ela já balbuciava gemidinhos só de me lamber. cheia de tesão. ali, querendo dar pra mim. que jeito? mal tirei sua roupa, apalpei seu corpo aqui e ali só pra virar ela pra mim de um jeito um pouco carinhoso. acho que levantei a blusa um pouco, mordi seu pescoço e dei um jeitinho. mas logo tirei sua calça, vi que estava bem molhada, virei ela de costas na cama e meti sem rodeios. a garota só faltava comer o travesseiro. coisa bonita de se ver isso, uma mulher com tesão daquele jeito. toda louca, com o corpo vivo, toda acesa!

acho que foi a primeira vez que transei numa situação dessas... os dois bêbados, tá certo que ela estava um pouco mais eu acho. os dois sonolentos. segurei seus braços para trás firme. bem firme. e fui mexendo cada vez mais forte, bem pra dentro. as vezes rápido, olhando a cara daquela safada quase estrebuchando na minha cama. já não aguentava mais de vontade. tirei um pouco, deitei nela, fiz mais uns carinhos e dei uns beijos aqui e ali. a garota estava gostando, parecia bem relaxada. era tudo que eu queria perceber. se ela estava numa boa. daí, sem rodeios novamente, comi a bunda dela bem gostoso mesmo. comi assim de foder pra valer. e ela pirou. gemia seco, sem voz. as vezes levantava um pouco, me olhava e fazia aquelas caras que só são boas mesmo de ver ali no ato, na hora. que as vezes a mina faz umas caras de piranha que pelo amor de deus! mas é bom pra caramba! ali dava pra ver que não era cara de nhem, nhem, nhem ela tava pirando mesmo. e eu te juro, não foi fingido não, a garota gozou ali, daquele jeito, com meu pau na bunda dela metendo à valer. foi. eu fiquei até meio assim, aí nem rolou de continuar daquele jeito. fiquei acanhado, desvirei a menina, agarrei que nem o papai e fiquei em cima dela tranquilo. ela continuou parecendo sentir bastante tesão. parecia ter prazer ainda, mas já toda diferente, derretida. foi uma delícia. no dia seguinte, dois seminus de ressaca acordando descabelados na minha cama. foda. bem legal.

e as fantasias de carnaval ?

tem aquele velho e gracioso samba... retalhos de cetim

'ensaiei meu samba o ano inteiro, comprei surdo e tamborim
gastei tudo em fantasia, era tudo o que eu queria. ela jurou desfilar pra mim
minha escola estava tão bonita. era tudo o que eu queria ver
em retalhos de cetim, eu dormi o ano inteiro. e ela jurou desfilar pra mim
mas chegou o carnaval e ela não desfilou. eu chorei, na avenida eu chorei...'

eu só gosto dessa música! a história a seguir teve final aprazível e prazeiroso. ah sim... mas igual, muito mais imaginação que cetim de verdade. todas as alegorias só para fazer de quatro paredes uma avenida inteira. e a história foi mais ou menos assim :: apesar dos pesares cotidianos e de um clima zero de carnaval. aconteceu de uma tarde de domingo carnavalesco cismar em espalhar confetes cintilantes por aí e gracejar o ar dar coisas com desejos fantásticos. então, os dois começam a trocar recadinhos... desses meio provocantes e provocadores!

- sabe, hoje estou até com vontade de por uma fantasia pra você! alguma sugestão?
- não sei. eu te quero de qualquer jeito.
- que tal... pirata? ou uma ladra bem chique? motorista de táxi assanhada? uma puta de luxo? enfermeira, bombeira, polícia, salva vidas?
- essa do luxo é bastante interessante...
- estou pintando a unha do pé. coloridas, brilhantes... meu pé tá ficando tão lindinho e tão gostoso que você vai querer me lamber do dedão até os cabelos...
- uau...
- ou então algum bicho! cachorra, cavala, gata, gorila! rsrsrs canguru?
- e se vens de coelha? minha coelhinha. sua safada!
- safado! que delícia você... quer uma coelha, danadinho.
- hippie?
- nossa... tem tesão em hippies? que interessante...
- bruxa?
- e que tal uma puta bruxa, estilo hippie, que trepa feito uma coelhinha de luxo? e sem frescura!
- opa!
- estou gostando de saber dessas suas preferências...
- saberemos mais. juntos.
- e a sua fantasia? já pensou? como é que vem pro baile hoje?
- vou de arlequim, ou de pierrot. quero ser seu palhaço, seja lá como for!
- vou sambar em cima de você hoje, eu vou.
- vem que eu quero.
- e que tal, pra todo dia, entre carnavais ou quando der na telha, uma mulher para as suas fantasias mais inéditas e inóspitas. estou topando praticamente tudo, desde que seja divertido.
- eu também. vamos sim. brincalhona!

eram por volta de sete quase oito da noite quando começaram, ainda em voga o horário de verão brasileiro, e a conversa durou desde a tardinha até a noite estar bem escura... cada pequeno trecho do diálogo sendo executado em tempo de expectativa, como são as boas provocações. se encontraram então mais tarde, perto da meia noite, para um baile de carnaval bastante íntimo, com apenas dois convidados. ele, sem fantasia alguma, bem se fazia de arlequim apaixonado. até certo momento... ela, desde pronto, parecia também estar comum, mas trazia verdadeiramente o carnaval em seus pés e, quando o palhaço já rugia como um leão faminto... a domadora nua em pêlo e repleta de serpentinas nos pés desfilou pela avenida livre leve e voadora. ultrapassaram sem ressalvas o tempo regulamentar por não se importarem com a pontuação. de forma alguma... queriam mesmo estourar. estourar muito! e sem pressa... tudo ganho. ninguém estava ali além deles. apoteose! naquela noite, o importante foi brincar de fantasia e semear novos sonhos para continuar na função pelo ano inteiro... o barracão tem alalaô 24 horas para os acadêmicos do desejo... todo dia é carnavalesco... já com tantas alegorias só me resta dizer que, pra esses dois, o que não falta é samba enredo.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

pra que moral ?

se temos vinicius de moraes !

_ O poeta e a lua

Em meio a um cristal de ecos
O poeta vai pela rua
Seus olhos verdes de éter
Abrem cavernas na lua.
A lua volta de flanco
Eriçada de luxúria
O poeta, aloucado e branco
Palpa as nádegas da lua.
Entre as esferas nitentes
Tremeluzem pêlos fulvos
O poeta, de olhar dormente
Entreabre o pente da lua.
Em frouxos de luz e água
Palpita a ferida crua
O poeta todo se lava
De palidez e doçura.
Ardente e desesperada
A lua vira em decúbito
A vinda lenta do espasmo
Aguça as pontas da lua.
O poeta afaga-lhe os braços
E o ventre que se menstrua
A lua se curva em arco
Num delírio de volúpia.
O gozo aumenta de súbito
Em frêmitos que perduram
A lua vira o outro quarto
E fica de frente, nua.
O orgasmo desce do espaço
Desfeito em estrelas e nuvens
Nos ventos do mar perspassa
Um salso cheiro de lua
E a lua, no êxtase, cresce
Se dilata e alteia e estua
O poeta se deixa em prece
Ante a beleza da lua.
Depois a lua adormece
E míngua e se apazigua...
O poeta desaparece
Envolto em cantos e plumas
Enquanto a noite enlouquece
No seu claustro de ciúmes.


        * * * * *


_ Soneto à lua

Rio de Janeiro
Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tampouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

novas vontades!

finalmente cinco minutinhos à vontade aqui... que vontade imensa que eu andava de escrever! vontade absurda, saudade do bloguinho, saudade de desabafos e devaneios, saudades dessa parte de mim que andou tomando corpo ano passado e que agora se reforma. 

e, começamos um novo ciclo, com a promessa cumprida (e foi coisa tão comprida de se cumprir!) principiei pensar que seria desse espaço aqui... que será? que foco, que palavras, quais porquês. não foi difícil elencar mil outras possibilidades, tais quais: continuar meus desabafos, continuar  metaforizando peripécias sexuais, continuar falando da minha relação de sutilezas lunáticas com nosso satélite mais lindo. 
digo, mais linda!

então, é o seguinte, tenho dois rascunhos do ano passado ainda pra publicar. que ninguém jamais saberá quais são porque eu não vou avisar! tenho ainda outras idéias e experiências que estou pondo na lista dos rascunhos... acho que esse ano eu poderia me esforçar mais com poemas... acho que a partir de agora se saberá cada vez menos o que é real e o que é imaginário por aqui !!! 
é...

pirando na onda desses best-sellers pornochanchadas que se vendem por aí e pensando no quanto eu gosto de escrever e no quanto eu venho escrevendo de um jeitinho bem light coisinhas do gênero... ok. uma vez assumida e declarada a possibilidade de ficção deslavada, está dito e será feito a pornografia seria exercitada aqui! ué, sim :) e com prazer! e por que, não? vamos meter com facão nessa mata ae! com amor, sempre!!! e desbravar novas possibilidades de escrita. novas formas, novos jeitos... vai que... juro que até pretendo me dispor a ler um pouco dos atrevimento do tal mr. grey * (mesmo sabendo que a grande maioria das lentoras, apesar de obviamente pirar no prazer e na safadeza e tals termina o livro querendo ficar com ele porque afinal, o cara dá-lhe presentes caríssimos e uma vida inimaginável para a maioria das mortais... taí, mulher gosta de ser puta mesmo! é mesmo? ai que me-do de me ler escrevendo algo assim. perverso, pouco político, controverso e polêmico... mas, simples... chama ela de puta, pra ver se ela não gosta? chama... não importa se for macho ou fêmea, isso não é questão de gênero ou de sexualidade. é de entrega, de baixaria, transgressão... e, inclusive, é bem light essa parte.)  mas eu ia dizendo que vou ler o livrinho do grey - não inteiro, duvido que eu consiga, vou ler contos da playboy, vou... pesquisar na internet e, então, além de praticar muito escrever será também mais uma prazerosa forma de, eventualmente, ficar até rica! como tantos outros escritores de meia pataca! será que terei pique pra isso?

aliás, já havia - sempre houve - certa pitada de fantasia em tudo que aqui escrevi... francamente não tenho a menor idéia se alguém acompanha isso tudo. alguém, digo, alguém que eu não conheça. porque sei de uma pessoa apenas que acompanha... que descobriu o blog em velocidade voraz quando nos conhecemos e que desde então povoou tantas entrelinhas e outros tantos parágrafos diretos, até alguns textos completos! enfim... e enfim novamente! se alguém desconhecido raciocina por essas tortuosas linhas em algum sentido seja ele qual for... eu me pergunto, é possível compor uma realidade? saber discernir entre o fato literal e o invento literário? nunca houve retorno algum... não há problema. não tenho expectativas.
mas sou, sim, curiosa. isso sim, sou.

sem contar que, depois de um ano todo assim, a gente se acostuma a olhar pro céu de noite e pensar em escrever. olhar a luz intensa da lua cheia em noites bem escuras... e pensar nos deveres que temos, não só com santinhos incríveis (eterno jorge, salve! salve! me salvando até pra sempre nesse quesito, obrigada) 
mas com a vida, com a entrega, com a percepção que devemos ter da natureza. e de nós. e de nós em relação à natureza! hã? então... com certeza seguirei falando da lua e de meu "comportamento" humor sensibilidade temperamento etc etc e coisas do gênero em relação à ela. 
lua, redonda lua, imensa e de todas as cores que se pode refletir...

a única certeza é que, promessa finda, blog continua! sempre gostei e precisei escrever. escrever é compulsivo para mim. e benéfico, é realizador. mesmo que por nada... então, como meus suportes de escritas têm se moldado do formas diversas ao longo da vida e eu agora tenho este aqui que gosto e me relaciono bem... é certo certíssimo que continuarei escrevendo. e vou deixando o fluxo das coisas acontecer e dar cara nova à este espaço e então cara nova de novo, e renovada depois... 
e sabe-se lá até onde isso vai!  mas que vai, vai!

e, como é o primeiro post do ano!  janeiro foi uma pinóia corrida que nem sei como passou de tanto voo que foi... e é o primeiro post do ano, mesmo reticente tal igual todos, ele vem carregado, afirmativamente, de deliciosos ensejos de coisas magníficas para o ano 13.
que 13 é coisa de louco! ah, é pra mim... 13 é coisa de sorte! 

* mr. grey e o tal do cara dos cinquenta tons de cinza e mais dois livros para vender por aí...