sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

hoje...

recomendo a todos: Contato Imediato, do Arnaldo Antunes
tudo a ver com esse meu dia, com esse espaço aqui, com esse meu desejo, com o blog...

assita hoje! lá vai o link inteirão... como antigamente ::

http://www.youtube.com/watch?v=-sfu2WnTyhc&feature=BF&list=PL6B502B6ABD19815F&index=59

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

nada do que foi será de novo do jeito que já foi...


...e das estrelas que esquecemos de contar,
a primeira vez era a cidade, na segunda o cais e a eternidade. agora eu já sei! os olhos já não podem ver coisas que só o coração pode entender. são coisas lindas que eu tenho pra te dar! o amor se deixa surpreender, enquanto a noite vem nos envolver.

vou te contar...

a lua minguou e decididamente minguam-se com ela todas as minhas promessas. digamos que elas continuam existindo mas que eu estou previamente absolvida por mim mesma. pois, apesar de declarar que não vou mais segui-las a risca... eu vou parar de fumar em breve de qualquer jeito e, por muito tempo, talvez para sempre até, e em todas as luas que houver, vou dançar para o grande jorge, mesmo que o brilho reluzente do nosso astro não nos esteja a hipnotizar!

além das explicações promessísticas que hoje findam e ponto, a não ser que eu queira comentar algo inusitado ou coisa qualquer, além disso quero muito falar de mim. aproveitar mais esse espaço pra descer o verbo mesmo: eu estou temerosa para caramba. uma mistura de fé e precaução... ao mesmo tempo que eu tenho desejos e certezas eu tenho inseguranças e demoniozinhos (imaginários e reais) latindo bobagens ao pé do meu ouvido. sinto que se aproximam com força tempos de decisão e de mudança! e que venham!

(ê Tom Jobim, que onda boa... que onda do bem... valeu!)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

pequenos plágios válidos (e devidamente citados... claro)

O POETA E A LUA
Vinícius de Morais

Em meio a um cristal de ecos
O poeta vai pela rua
Seus olhos verdes de éter
Abrem cavernas na lua.

A lua volta de flanco
Eriçada de luxúria
O poeta, aloucado e branco
Palpa as nádegas da lua.

Entre as esfera nitentes
Tremeluzem pelos fulvos
O poeta, de olhar dormente
Entreabre o pente da lua.

Em frouxos de luz e água
Palpita a ferida crua
O poeta todo se lava
De palidez e doçura.

Ardente e desesperada
A lua vira em decúbito
A vinda lenta do espasmo
Aguça as pontas da lua.

O poeta afaga-lhe os braços
E o ventre que se menstrua
A lua se curva em arco
Num delírio de luxúria.

O gozo aumenta de súbito
Em frêmitos que perduram
A lua vira o outro quarto
E fica de frente, nua.

O orgasmo desce do espaço
Desfeito em estrelas e nuvens
Nos ventos do mar perpassa
Um salso cheiro de lua
E a lua, no êxtase, cresce
Se dilata e alteia e estua
O poeta se deixa em prece
Ante a beleza da lua.

Depois a lua adormece
E míngua e se apazigua...
O poeta desaparece
Envolto em cantos e plumas
Enquanto a noite enlouquece
No seu claustro de ciúmes.