quarta-feira, 28 de março de 2012

embaçado...

e ele mora na rua do trilho do bonde. de noite tem gente de monte. e eu nem sei qual é a lua nem qual é o meu senso ou que noção. eu não sei. não. qualquer coisa poderia ser. morro acima morro abaixo. jabuticabeira água com folha verde. caipira de vinho possibilidade de problema impensado. abusado abusismo
e passa tempo. passa medo. paciência todo o dia. passa vontade. perde o busão carona. perde a razão tesão. e ele mora na rua do trilho. uma rua qualquer e um trilho qualquer. mas do mesmo ferro. é osso. desejo até o pescoço. até a cabeça também claro. pra poder puxar os cabelos.

sábado, 17 de março de 2012

concomitantemente

porque a alegria pode ser múltipla. multissentida! e porque tem pessoas comemorando coisas a todo tempo por aqui e por lá. também tem por aí prejuízos e desgraças, mas é melhor escolher as coisas agradáveis! não é? e não é afinal de contas justamente por causa dessa paz, desse desequilíbrio harmônico, de uma possibilidade de sentir prazer, de muitas tentativas de alegria que se trata a luta? eu acho que é.
e acho que de repente esses dias as palavras sincronicidade e sincretismo tiveram mais em comum do que a minha  querida, e companheira inevitável,  a aliteração... por causa de alguma música que eu escutei e porque um querido muito querido foi pra bahia resolvi descobrir que orixá  "é" o jorginho. meu santinho. 

google it! descobri. é ogum. ah tá legal, mas que raios tem a ver coisa com a outra? 
ou isso com alguma coisa? ah... 
Ogum é um orixá guerreiro, ferro e fogo. fogo de calor pra domar o ferro.
traz a cor azul. uma das minhas favoritas!  
li em algum lugar que é tido como irmão de Exu. salve salve o movimento!
também vi que ele tem a ver com sangue e, por vezes, é chamado para curar doenças sanguíneas como, por exemplo, anemia. pois acredita-se que a deficiência de ferro no organismo humano, 
seja a falta da energia desse orixá. mamãezinha!?!? 

veja mais. a seguir um resuminho comentado d'um recorte de algum sítio desses em que passei: é  deus da guerra, da metalurgia, da tecnologia. inventor, grande explorador de caminhos e general dos demais orixás. é o filho primogênito da família dos orixás caçadores. encarregado de abrir o caminho para todos os orixás. é o guerreiro que nunca é vencido. então, é ele quem abre todos os caminhos da vida. é valente, sério e justo. mora na floresta. é do elemento terra. tal como meu signo, touro. o metal é ferro. e meu ascendente é áries, fogo. calor para forjar o metal. as cores: verde e azul. o verde da mata e o azul do céu. que coisa linda! suas ferramentas são espada , facão e essas coisas assim de ferro. o animal é o cachorro. 
olha, eu não sei quem é meu orixá eisso nem vem ao caso aqui. meu interesse nem era esse. só sei que isso é complexo, tem todas as histórias e as famílias...mas sei que meu signo no horóscopo chinês é cão!ó! 
seu local de culto são as estradas, principalmente 
estradas de ferro. pois é. faz sentido... um sentido assim mais profundo, porque, meu, quando vi isso me deu uma brisa de memória. é que no ano passado, meados de novembro, quando eu estava já decididíssima a começar a cumprir a promessa, eu escrevi tantas coisas cuja  imagem era um caminho de ferro. uma caminhada incerta, pelo trilho vazio do trem! ó! e o seu dia consagrado é a terça feira.
santa wikipédia e santos todos os outros mil informantes espalhados nessa rede também, hein? 

agora, o mais singelamente curioso é que, especificamente na bahia, ogum está sincretizado também, parece que principalmente ou talvez somente, com ninguém mais ninguém menos que o santo antônio! olha que loucura... será que tem alguma coisa a ver agora? é... e o casamenteiro é o patrono de laguna, minha terrinha de sangue materno. temos lá no centro a igrejinha matriz de santo antônio. uma belezinha, é. sempre tem alguma coisa a ver nesse mundico de tudo a ver com tudo. seja em salvador, seja em santa catarina, seja em são paulo. no uruguai, na espanha, na capadócia... na áfrica! wherever... 
os caminhos de são jorge tem um orixá supimpa abrindo caminhos. e o mais importante de tudo mesmo é a fé que a gente traz no coração. no cotidiano da vida. no olhar das pessoas. nas pequenas trocas de gentileza. o amor é muito. lutar é imprescindível. e a não-violência é o melhor ataque.
a ponta da minha espada é firme. afiada. certeira como dedo no botão. é braço estendido. mão no guidão.
é a palha dupla no bico do tudel. é uma ponta de pé certeira puxando a pirueta. 
e os elos da corrente são quânticos. incontáveis.


                      "o arquétipo de Ogum é o das pessoas fortes, aguerridas e impulsivas, incapazes de perdoar as ofensas de que foram vítimas. das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. daquelas que, nos momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas."

[ Pierre Verger. Orixás, deuses iorubás na África e no Novo Mundo, p. 95. Salvador: Corrupio, 2002 ]

quarta-feira, 14 de março de 2012

a fome, a vontade de comer e o murro no estômago

se estamos em março e eu não estou maluca... passamos pela terceira lua cheia do ano! maravilha. o número 3 é um número ótimo. é o primeiro número primo que eu considero! porque acho que não combina o dois ser primo, ora pois... eu pretendia começar os bailados no dia 7. pra combinar, que sete também é primo... é super cabalístico. bem esse dia era uma quarta feira, foi um dia de estudo trash trash trash total. teve festa de ani da madrinha e chegamos tarde e mesmo lá eu fui mixuruca. muito down the high society esse dia. e consequentemente a noite!
tanto até que no dia seguinte fiz questão de dar um jeito de nadar para afogar pensamentos bobocas, mágoas e outras incomodices mais. uma hora na piscina! uhu! meia hora de braçada e meia hora de oferenda! salve salve! boiei que neném na barriga, dei tantas piruetinhas, caí tantas bananeiras. delícias. flics na água, tudo aquilo que eu costumo alongar em movimento na fluidez do meio líquido e com um capricho extra porque como já era bem tarde a área para "recreação" estava liberada até o fundão daquela piscina esquisita. e estava vazio. e o mundo todo foi um pouco meu. em um instante ou outro. voltei melhor sim.

mas chegando em casa encontrei novamente o meu pesadelo e resolvi juntar a fome e a vontade de comer da seguinte maneira: se esta música está me confundindo "racionalmente" e parecendo meio indomável... óbvio! vou dançar conforme a música! larguei instrumento, larguei partitura, tudo. respirei fundo, inspirei o corpo e botei pra tocar a sinfonia. difícil de fluir uma dança. as vezes eu me mexia como maestrina, buscando meu tempo com o dela e/ou deixando o tempo dela me domesticar. aos poucos foi mais. e eu deixei ir. logo foi fundo. e valeu pela primeira noite e pelo estudo. mas não resolveu tudo.

na sexta foi loucura total. eu estava sozinha num quarto de hotel esperando algo ou alguém que eu mal sabia como vinha. e no fundo só tinha uma quase certeza de que eu já estria dormindo quando de sua chegada. então, fui cumprir minha obrigação. liguei na mtv e dancei por todo lado. o quarto era pequeno, desses hotéis F1... então pulei na cama, me arrastei pelas paredes e até, olhe só!, até fiz pézinho e outras manobras menos importantes na barra de ferro da cama de cima. ai mais como eu fiquei feliz ali de ponta cabeça!!! dancei, descansei, tentei dormir, dancei mais. perdi a noção do tempo, tentei dormir, saí pra comer, voltei e dormi finalmente.

da madrugadinha em diante, valendo meio que pelo dia ou pelo próximo e pelo domingo com certeza, as danças foram do jeitinho bom de ofertar o corpo com amor. bailinhos de dois à sós. bem bom mesmo. só que a complicação é que eu não sei se conto a madrugada de sexta valendo pro sábado. porque em verdade confesso que no sábado a noite eu não dancei nada. já amanheci adoecida, triste e desgraçada. eu estava em frangalhos! um esculhambo de esbodegamento, por assim dizer. para ser bem clara! nem dancei... só dei uma animadinha no domingo a noite como já disse. segunda nada... terça nada... devo algo entre duas ou três horas para cumprir ainda esse mês!

bem, vou esperar uma balada porreta na lua nova e danço logo as três horas de vez! ou mais...
salve geral para todos os lunáticos! noite boa... noite boa essa em que eu consigo escrever aqui isso tudo e lembrar sem chorar, e olhar como que já tendo aprendido algo. olhar melhor. noite boa...

terça-feira, 13 de março de 2012

santo santo santo!


então eu pensei que talvez fosse por minha causa... vi isso no domingo e quase tive certeza. que o cavaleiro vinha pra cá pra me ajudar a sarar de tanta agonia que eu tinha!!! pois é... hoje será a primeira noite da lua nova. e eu mal contei como foram as peripécias desta terceira full moon... contarei em breve. quero organizar a riqueza dos detalhes, as pérolas que ponderamos no sofrimento. as coisas que superarmos e aprendemos... 

o mais certo é que, sendo por isso mesmo ou por outra razão, algo (interno ou externo ou os dois) me ajudou a sacudir mais essa poeirinha e cá estamos. e o dragão está solto minha gente!!! está livre! (...) será?

segunda-feira, 5 de março de 2012

cazzo! da capadócia mesmo!

só pela sucessão de coincidências... 
dei uma olhada e vi que: "o geógrafo e historiador grego Heródoto considerava que a Capadócia estava delimitada pelos Montes Tauro a sul, pelo Lago Tuz (em turcoTuz Gölü) a oeste, pelo rio Eufrates a leste, e pelo Mar Negro a norte" 
http://tinyurl.com/2012doce ]

pois é, pois é... dancei pouco no carnaval, mas com grande qualidade! de baladinha mesmo foram duas. um aniversário no surf bar e uma rodada de sinuca acompanhada de um show de reggae no japaroots. detalhe que, nas duas noites ouvi a música do jorge da capadócia! e dancei, claro! uma ao vivo, com beatbox, em rap e coisa e tal. muito louco. e a outra, com a gravação original do ben jor. muito de tudo de bom! e assim foram minhas horas extras prometidas. regadas à coincidências!

aí eu ganhei um chapéu incrível que era do avô da minha maninha. vovô que se chamava... jorge.

é que parece que quando a gente cisma com alguma coisa e começa a reparar mais, aí dá a impressão que tudo fica ali girando em torno. aparace mais porque estamos notando. com brilho. em momentos significativos. tanto que depois ouvi a versão da fernanda abreu no supermercado na madruga com um bonitão... e ontem de novo, a clássica da dupla do paiol. caramba carambolas! tudo que eu tenho a dizer é: salve jorge!