aquela claridade aonde flutua

hoje dei uma boa mergulhada na música. a música e a lua tem uma relação bem estreita. porque tem todo o lance da inspiração... da piração... profundamente num passado esquecido e guardado. eu hoje olhei em volta e vi que muita coisa foi descartada pelo bem. eu revisitei pequenas brechas e me achei mais. eu soprei mais. respirei mais. eu tenho ultimamente mergulhado mais na música que na técnica. e começo a aprender a ouvir coisas que não ouvia antes e a querer mais coisas do que queria antes. agora sou mais eu sendo tudo que era e sendo uma pessoa diferente. queria ter o poder de conhecer por aí todas as músicas que já foram escritas citando a lua, pensando na lua, inspiradas pela lua. todas que foram compostas nas noites de lua cheia e nas noites de lua nova. e nas crescentes e decrescentes dinâmicas. queria mais. queria poder compartilhar minhas viagens à lua com alguém. verdadeiramente. ou conhecer alguém com a mesma capacidade de leveza e força intensa. com os meus entendimentos e capacidades. com a capacidade de entender o que eu penso e o que eu entendo. e como isso se dá. queria conversar ritmos e sons sem pauta com alguém que tivesse a mesma vontade, a mesma voltagem, a mesma eletricidade. alguém que quisesse sempre mais. saber mais, poder mais, ir mais, amar mais, voar mais. entender de coisas desconhecidas. descobrir novos prazeres. mais das coisas imateriais. porque eu transbordo, mas eu não me basto. as ondas do mar nunca são as mesmas... 

o céu não é o limite.