quinta-feira, 19 de setembro de 2013

às cambalhotas !

meio cambaleando e cheia de convicções firmes tal qual geléia... vamos às voltas com coisas antigas e requentadas de sempre. as velhas confusões, as velhas mágoas, um luto melancólico por algo que não morre nunca e assim nunca será enterrado. a vida segue entre tantas outras coisas que nos ocupam cotidianamente. alívios flácidos...

mas a pergunta de hoje foi: o que você pode fazer de novo e que lhe dará a sensação de recomeço?
e a resposta de sopetão: uma cambalhota.

daí eu saio andando na rua e pensando nos significados de tudo isso... daí passam alguns dias e eu continuo matutando sobre o que seria e como se operaria essa minha cambalhota... daí eu vou ao circo, daí eu ouço falar de um vídeo, daí eu revejo meus exercícios, daí eu penso na piscina... daí vai indo a vida e o espaço entre a minha cambalhota e o chão somente se amplia. a idéia de (e seus literais e diversos e muitos jeitos de pensar sobre) um salto mortal me parece mais forte, mais genial, mais imprescindível! uma cambalhota à toda altura, uma cambalhota na pauta do mastro, um vôo alto de entrega com frisson. é desse frisson que preciso. é essa completude que busco! é isso!!! não é saudade do que eu fui, mas a saudade do que eu sentia, saudade de viver aquilo que eu sabia que me realizava, de sentir um vento na cara com cheiro de medo do bom!

então para aquela mesma pergunta, agora eu respondo que preciso de algo mais radical porque é essa radicalidade que eu quero de novo e sei que ela pode ser absolutamente saudável... a resposta agora é: um salto mortal! alto e destemido. rápido e profundo. e profundamente transformador de destinos. até porque sim sim e sim: alguma coisa precisa morrer! então que morra assim, em metáfora. e que possa renascer numa plantação de cambalhotas e saltos. que seja semente de novidade e desbravadora de espaços! mas oque seria exatamente esta ação. podia ser literal, mas antes há de haver uma chave mental pra isso acontecer. qual é a chave? essa atitude primordial salto mortal? daí eu continuo pensando...

penso tempos à fio e sem muito fio da meada vou tentando transformar pensamento em atitude porque é só na concretude que opera-se a realidade (dos fatos) tento e tento. as vezes me percebo mesmo um pouco sem nexo, tropeçando em convicções e me deixando ser pelas controvérsias. viver não é fácil. ninguém nunca nos prometeu que seria... dar uma cambalhota é coisa de artista! um salto mortal então...

então então então... a imagem clara e nítida se desenha à minha frente. um mortalito mortalha martífero mortal grupadinho, uma cambalhota solta e livre no tempo e espaço. uma possibilidade de estar-se imenso imerso no nada-todo-tudo-momento do giro...porque por mais estranho que a lógica conteste e tudo mais, 360 graus nunca nos colocam no mesmo lugar de antes e sim nos descortina os pontos de vista e todo o resto! mas não existe, em hipótese nenhum, quem chegue aos largos ares sem ter antes praticado, e muito! pequeninas cambotidas com toda a segurança do solo. não voa quem não sabe ser na terra. não tem invencionisse, é o básico! vamos galgando, vamos por partes, vamos na prática !



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