terça-feira, 17 de setembro de 2013

toda a verdade...

verdade, sim. sinceridade e relatividade. não há como negar. nós só temos acesso completo a uma única perspectiva do mundo: o nosso olhar, a nossa própria percepção. por mais empenhados que estejamos em nos colocar no lugar do outro... isso é verdadeiramente impossível. não temos como ter noção de como o olhar, até literalmente em relação a miopias e hipermetropias por exemplo... a como o olhar do outro opera. não temos como sentir os sabores que outra boca sente, não temos como perceber da mesma forma que a cabeça e os sentidos alheios percebem o mundo... por isso, toda toda toda toda verdade é mais que relativa. as verdades são quase exclusivas. interpretar também é solitário, compreender como eu compreendo... só eu mesma!

assim, por mais que eu seja absolutamente sincera, palavras geralmente deixam lacunas e é difícil expressar tudo que sabemos e queremos dizer principalmente porque na compreensão do outro também estão presentes esses filtros de percepção diferentes da minha. sempre. sempre diferentes.

o melhor de tudo é quando as percepções se conjugam, alguma compreensão fica compartilhada e, mesmo que nunca completamente, em algum ponto as coisas se convergem. assim temos amigos e boas relações. assim operamos um ser e não ser, tentando ser algo além de si através de outra pessoa...

dizem que a comunicação é um erro que as vezes dá certo e é bem isso mesmo... não se explica, nunca acontece na totalidade, mas é! em geral expressões de comunicação não-verbal são mais potentes, daria um trabalhinho pra elencar os porquês mas basicamente é porque são mais ancestrais, mais naturais. sinto saudades de quando o meu corpo falava mais! muito mais...

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