sexta-feira, 26 de maio de 2023

a bamba e o bastão

sessão nostalgia? um pouco talvez...

sessão desabafo? tá necessário porque a gota d'água já passou muuuuuito da tampinha

sessão honestidade psicótica? talvez também, mas calmamuita calma eu não psicotizei ainda e espero que isso não aconteça e pode-se dizer que por as mágoas pra fora é um jeito de aliviar diversas emoções e melhorar as coisas. Tem o lado feio dessa moeda também, porque falar sobre é olhar pro assunto e se o assunto dói... vai doer mais né, vai doer, vou chorar enquanto eu escrevo e vou ficar por um tempo - enquanto escrevo, enquanto anseio se alguém vai ler, enquanto imagino repercussões ou engulo o choro mais um pouco porque fica valendo só o desabafo e nada mais e... bem... eu faço terapia, eu falo sobre oq me incomoda, sobre oq gosto também falo enfim... tá ficando muito grande esse préfacio

constatações, constelações e opiniões de mim pra mim mesma: eu não gosto de me vitimizar, eu detesto chantagem emocional pra conseguir qualquer tipo de coisa inclusive sou bem traumatizada com isso! eu sou transparente sim, espontanea sim e mando papo reto quando necessário. eu me exponho, eu me exponho pra caralho... as vezes eu fico pensando se precisava tanto mas... nunca me arrependiiii assim de me arrepender não. até porque quando a gente se expõe aumenta as chances de ver as verdades nas reações das pessoas, de um jeito mais intenso. é interessante.

sei lá, eu gosto mas as vezes não gosto. eu peço, aprendi a pedir ajuda mas não aprendi tão bem ainda não... eu me frustro bastante quando a ajuda ou colaboração não se efetiva. não aquela frustração de criança mimada que não conseguiu oq queria. é diferente. inclusive a minha cabeça funciona meio diferente, eu sou muito atenta e empolgada com coletividades do que intimidades 1-1 é óbvio que eu vivo no mesmo mundo que todo mundo e sei sim que as relações se estabelecem entre pessoa-pessoa-pessoa-pessoa-pessoa mesmo em grupos e com diferentes e variadas possibilidades de diagramas pra cada grupo. além do papo reto, as vezes as verdades são duras mesmo. e, não, eu não sou uma carrasca mas eu não faço rodeios pra falar as verdades... aliás, ao contrário do que possa parecer de longe, e muito e muito por conta das condições específicas que o meu cérenro e o meu corpo funcionam - não, eu não opero num modo "normal" se bem que normal é uma palavra péssima ontem mesmo eu tava conversando sobre essa palavrinha... vamos lá, digamos que eu tenho muuuuuuito mais dificuldade pra conseguir controlar - que também é uma palavra ruim - planejar, manejar, manipular? o meu p´roprio organismo, flusxos de pensamento etc etce etc escrevi pra caralho pra falar sobre mim e o resumo da ópera é que pode até não ser explícito num primeiro momento mas eu sou extremamente sensível... tenho um repertório de um gradiente de sentimentos e sensações, foda-se a 'modéstia', muito muito muito acima da média. eu não escolhi isso, eu não procurei cursos, eu não fiz nada pra me especializar eu estou apenas adquirindo esse repertório desde 2007 e bem mais intensamente a partir de 2017 por motivos de eu nasci com essa maldição e ela tá aí e eu fico tentando conviver com ela. e eu acho que as evzes pode ser um inferno pras pessoas que convivem comigo. acho isso porque pra mim muitas muitas muitas vezes é a nona porta do inferno, aquela portinha que dá pra um banheiro dentro de um freezer no meio do fogaréu, um banheirinho mal iluminado, mal cheiroso, que ninguém desde a criação do universo e todo mundo que vai parar nesse freezer entra lá e não consegue se segurar de tanto se mijar de pânico e se cagar de pavor com choque térmico, no escuro e na dúvida se é melhor sair de volta pra fogueira ou respirar o ar fresco e aí varia, varia de tempor em tempo o tempo que se pode, consegue ou precisa ficar ali... antes de voltar pro inferno... pra começar a procurar os rolês legais do inferno e fugir das alma penada... em geral, quando eu não tô tão fudida assim eu guento bem, eu guento numa boa ouvir críticas e verdades duras. na maioria das vezes coloco minha opinião sobre, cem por cento das vezes levo a crítica pra mim, no bolso, pra refletir, pra pensar e melhorar SE fizer realmente sentido. até porque muita gente fala muita groselha e uma quantidade gigantesca de pessoas coloca opiniões como verdades que são só julgamentos, preconceitos ou a narrativa surreal, ou partindo de uma reqlidade muito diferente da minha, da cabeça da própria pessoa

e... eu sou sensível e eu sou muito carinhosa e amável e sou divertida sim

aqui fica a brecha: concorda? discorda? tô exagerando? se vc, por um acaso, achou exagero em alguma coisa que leu até aqui, se eu fosse realmente ruim eu desejaria que vc experimentasse oq eu experimento constantemente pra poder entender, mas como eu sou deboas eu só quero que vc se foda com a sua opinião porque uma das coisas que é mais detestável para uma pessoa neuroatípica é ouvir uma pessoa normose desacatando oq eu falo sobre como eu sinto... só que isso vale pra todo mundo. no fundo no fundo o normal não existe, n-ã-o-e-x-i-s-t-e

pois, todos temos problemas etc etc mas daí a empatia, a cooperação, as redes ficam ainda mais lindas mais importantes super necessárias absolutamente fundamentais e a aceitação da diversidade, os vínculos, a confiança, as verdades enfim... ouvir e tentar aceitar, entender, ajudar se e quando possível e enfim. depois que uns belos quilos bem generosos de palavras pra préfácio e prefácio pós prefácio, vem aqui, meio que cronologicamente de traz pra frente. assim, melhor dizendo vou falar sobre o último fato acontecido e deixar o novelo de desembaraçar ou se embaraçar seja lá como for

eu estava falando sobre uma crise de ansiedade e a pessoa me responde: "ansiedade? eu também tenho ansiedade? dá um frio na barriga né?" bem, de cara assim é uma fala pra ser simpática, pra gerar identificação ou pra pontuar né que todo mundo tem problemas etc... mas, amiga, quando a ansiedade é um frio da barriga e uma expectativa... isso é bolinho, isso é gostosinho até. mas ali não era ambiente pra lamúrias nem debates nem nada assunto encerrado e deixa quieto. inclusive pensando depois sobre isso eu me lembrei que fiz algo bem parecido uma vez numa situação até mais grave numa conversa sobre suicídio. eu penso muito em suícidio  e costumo falar sobre sem nenhum tipo de tabu mas praticamente nunca falo sobre os meus pensamentos ou as minhas experiencias nisso. maaaaas, dada uma situação, isso foi lá no primeiro ano da pandemia, um amigo estava falando sobre o tratamento psiquiátrico dele e sobre a tentativa de suicídio dele e naquele momento a minha intenção era de sei lá, amenizar o peso da coisa, sabe tipo grupo de apoio que cada um vai contando a sua experiência? então eu fui lá e falei sobre as duas tenativas de suícidio que eu já havia feito e que, ufa, fracassaram e inclusive fracassaram muito bem que ótimo e ninguém nem se ligou nem ficaria sabendo se eu não falasse e não vou entrar em detalhes aqui. o caso é que depois eu fiquei me questionando muito se, naquele momento, num bate papo e tals de boas eram várias pessoas conversando até na cozinha e bebendo e tals mas eu fiquei pensando nas semanas seguintes o quão ruim pode ter sisdo e efeito que reverberou do meu jeito de me posicionar num assunto tão delicado. quer dizer, todo mundo dá umas gafes, nem sempre a gente consegue ser super empático e assertivo né... então sobre essa amiga falar da ansiedade dela, tá ok. mas era uma pessoa que me conhece desde muito antes dos meus sintomas começarem, que já viu e sabe das vezes que eu psicotizei é uma pessoa que me conhece muito! e eu estava falando que estava tendo uma crise de ansiedade naquele momento e, zero acolhimento, cometário sobre si e vida que segue. naquele momento naquele dia eu estava tendo uma crise, vamos dizer, nível 6. o frio na barriga eu colocaria como ansiedade nível 2. estamos numa escala de 0-10 beleza? pois bem... aquele dia eu estava numa festinha um evento social relativamente íntimo, quintalzinha da casa de amigos etc e era uma noite que prometia ser suuuper divertidade porém minha ansiedade nível 6 me esgotou beeeem antes do que eu queria e assim que pessoas desconhecidas começaram a chegar o medo bateu mesmo fiquei insegura e ao invés de aproveitar pra conhecer  pessoas e fazer amigos e curtir eu quis logo voltar correndo pra minha toquinha onde não temos opções de situações mais ansiogênicas ou desafios ou nada do gênero e sim já estamos em 2023 mas eventualmente eu ainda estou com fobia social principalmente se me sinto desestabilizada e eu estava desestabilizada e é isso aí... ansiedade nível 6 é o seguintes minhas amigas, é a sensação de que vc está a ponto de precisar chamar uma ambulância e correr pra um pronto socorro, mas vc sabe que é emocional então vc tenta se manter calma. mas o corpo parece que está ligado na tomada e na pele tem uma sensibilidade extra só que é aflitivo e parece que a qualquer momento pode acontecer alguma catástrofe então vc fica meio alerta sem necessidade mas vc sabe que aquilo não é real, que é só um sintoma. do 7 pra frente é daí pra pior, ali pelo 9 vc já não sabe mais se é eral ou não e, numa escala de 0-10 eu acho que eu já fui até o 11 e eu não quero lembrar nem descrever aqui oq pode ser uma crise de ansiedade pesada e... não, não dá frio na barriga não, amiga, é oooooooooutra coisa

mas tem uma parte mais chata: esse texto aqui não é sobre uma pessoa, é sobre um grupo de amigas que essa pessoa faz parte. a real é que eu acho que hoje, com os desdobramentos da vida essa pessoa e as outras também, cada uma de um jeito gostam menos de mim, pensam mal de mim e o pior não falam sobre mim para mim mas provavelmente falam e certamente eu tenho certezíssima porque eu soube falaram sobre mim, falaram mal de mim, entre si. isso é tão mais tão mas tããããão péssimo

eu to com esse mega desabafo agora porque to me vendo num momento que eu preciso DEMAIS estruturar uma rede de apoio mesmo que pequena mas específica e funcional para os ciclos depressivos que estão ficam mais do que insuportáveis. eu penso e repenso desde a pandemia quando eu subi num carrinho de montanha russa e comecei com essa ciclotimia maluca que eu nunca tinha tido antes nem na intensidade nem na frequência que tá sendo e assim... tá melhorando? tá... aliás eu to fazendo coisa pra caramba e um esforço do cacete pra  melhorar só que não tá bom. não tá bom não e a melhora nem de longe tá vindo na mesma proporção do meu esforço. mas ok, paciência vida que segue

e aí tem esse grupo de amigas, que inclusive no início da pandemia eu pedi algumas ajudas e funcionou super maravilha. mas de 2020 pra cá bastante água passou embaixo da ponte e, calma, calma que eu vou lavar a roupa toda no rio hj porque tô inspirada e precisada mesmo mesmo de colocar isso tudo pra fora! e muito muito mais do que isso, mas além do prefácio gigantesco que eu já escrevi vou tentar não ficar misturando tanto assunto e trazer as mágoas só relacionadas a esse grupo específico de pessoas, todas mulheres, 80% mães, filhos e filhas pequenas ainda tá...

não é que eu "guardo a mágoa" real oficial tão tudo perdoada sabe. mas a dor, a dor da ferida que não fecha ela dói. ela dói. e eu não esqueço, tá perdoado mas coisa aqui coisa ali eu lembro, e dói de novo. e o único jeito de cicatrizar (e sempre fica cicatriz, as vezes é bonito, é poético, as vezes não, a cicatriz é só uma marca de uma grande merda que te aconteceu....) o único jeito de cicatrizar e de recompor vínculos e conversando. conversando com calma, com tempo e sem pressa, com mais do que fatos ou argumentos mas conversando com sentimentos, respirar juntas o ar do problema, falar sem filtro, e falar tanto quanto for necessário para ressignificar a dor e a divergência. uma conversa que ninguém "ganha" que ninguém precise estar certo ou errado que a gente só se mostre se vulnerabilize e se acolha e se entenda mesmo que essa coisa de se colocar no lugar do outro seja impossível... uma conversa em que as duas ou mais pessoas percebam no final que faz sentido conviver ou amar mesmo à distância, que o respeito começa a ficar mais perfumado do que o cheiro do conflito e da mágoa. isso dá trabalho. isso demanda energia, dedicação, tempo. as vezes não vai numa conversa só e precisa ter disposição e musculatura pra aguentar várias conversas até todo mundo sair do lugar da dor. 

nesse sentido, de poder falar e conversar. tem não apenas uma, mas duas pessoas nesse grupo, coincidentemente as duas que eu acho até que são as que eu mais costumava conviver e, logo, que eu mis sinto falta e sinto muito pesar por não ter a chance de conversar. uma delas, a outra, conflitão em 2021, primeira oportunidade que deu pra sair de casa sair de sampa respirar mesmo uma semana na praia ufa zero clima de pandemia respiro mesmo memso mesmo. resultado: uma crise de mania braba! surto real, surto mesmo. foi horrível, foi uma bosta. eu tentei pedir ajuda pras pessoas que me viram no estado em que eu tava achando que elas seriam boas ajudas por terem visto o estado em que eu tava. pensei errado, acho que estavam todas meio assutadas ou bravas comigo, foi umputa tiro no pé tentar pedir ajuda ali. a única coisa boa desse último surto que eu espero que tenha sido o último MESMO é que eu enfrentei e venci as estatísticas!!! eu não psicotizei e eu consegui sair do surto em coisa de tres ou quatro meses que comprando com os outros dois, que demorou uma ano pra eu me recuperar... oxi! #orgulho de mim mesma porque no descontrole do descontrole eu não perdi o raciocínio eu não fugi da realidade e não encarnei nem o napoleão nem a joana d'arc! mereço biscoito meeeerrrrrmo, e a minha psiquiatra me deu biscoito pq talvez só ela mesmo e as terapeutas e tal tem noção do que se trata de verdade isso tudo que eu to falando

cara, depois dessa viagem depois de várias noites domindo mal e duas praticamente sem dormir nossa... será que vc surtou por privação de sono e ninguém percebeu...? pois... ninguém pecebeu porque estavam todos dormindo hehehehe e eu não tav achando ruim eu tava super feliz, excitada pacas e tal tava delicioso porém deu ruim, apenas deu ruim bem ruim quando finalmente eu consegui dormir na minha cama na minha casa e cheia de droga na cuca eu tive um sonho com trocentas revelações e eu queria super falar com essa amiga sobre o sonho até porque ajudaria a explicar um pouco tudo que tava acontecendo e... do outro lado veio um "não, não quero falar com vc porque vc sempre tem argumento pra ganhar a conversa" ou qualquer rase desse tipo, isso faz mais tempo eu já não lembro tão exatamente mas o fato é que a parede colocada ali, aquilo foi uma angústia angúúú´stia e tá bom. a ideia que eu tenho dessa amizade hoje continua importante, bonita, etc mas eu passei um bom tempo em luto por que uma coisa bem bem preciosa se quebrou ali, ali no "não, não quero falar sobre" eu até entendo porque justamente dá trabalho mesmo conversar mas em nada em nenhum momento cabe a ideia de 'ganhar' uma conversa eu queria achance de me explicar eu queria a chance de entender oq ela e as outras pessoas entenderam doq tava acontecendo sabe... é outro lugar, outra perspectiva... nossa, foi muito foda. a depressão veio né, óbvio. mas assim, quando a depressão tem um gatilho claro, uma tristeza com motivo por mais ruim que seja é mais fácil olhar a luz no fim do túnel, elaborar etc e saie dali da lama... já foi, eu avho que foi uma semaninha só quando a depressão bateu e isso foi esses três quatro meses depois de tudo acontecer e foi super claro pra mim o motivo e foi essa semana aí paralisada e deprimida que me ajudou a reconfigurar tudo, perdoar, compreender etc

a outra amiga, a do frio na barriga, essa me tacou numa depre bem pior. foram 17 dias na cama, sem saie da porra da cama... eu digo me tacou mas assim, a responsabilidade não é dela eu tenho certeza absoluta que a intenção não era essa e tenho uma desconfiança de que tinha um peso ali de uma certa vingança, uma intenção de machucar mesmo porque ela estava falando sobre uma situação que eu machuquei ela. até aí, cara, ótimo, fiz uma merda fala pra mim! não gostei disso, tu fez merda, beleza. o pesado da coisa é que ela desenterrou uma situação depois de um ano, fez isso publicamente no grupo, deixou claro que as outras pessoas concordavam com ela - ou seja falaram mal de mim entre si e ninguém, ninguém, n-i-n-g-u-é-m, nenhuma pessoa chegou pra mim ao longo de todo um fucking ano e disse: fia, tu fez merda, vai pdir desculpas pra fulana ela ficou muito chateada. meio como se fosse um problema entre eu e ela mas se somos uma caralha de um grupo não dava pra ter rolado uma cooperaçãozinha pra não deixar a bola de neve rolar durante um ano inteiro e depois eu ter que acordar e do ler uma crítica pesada de manhã do nada sem nem cuspir antes sabe? e publicamente enfim... 17 dias deprimida, falei oq precisva falar, saí do grupo, voltei pra grupo, perdão aqui perdão acolá - porque sim eu fiquei chateada com TODAS as pessoas envolvidas. o silêncio e as omissões eles falam MUITO sobre a realidade e, claro, pra encher de chatilly e decorar com cramberies esse bololô ela terminou o textão falando oq? "não me procure, não me escreva, não quero falar sobre isso" pá, torta na cara e porta na cara...

aí assim, desde sei lá, vamos colocar uma régua no tempo de 2010 pra cá, uma decadinha assim e sim, são amizades de loooonga data, muuuuuito importante e se quanto mais pra trás a gente andar nessa cronologia mais memórias absolutamente deliciosas a gente tem da adolescência, de porresm da juventuda, de paixões, de surpresas, de rolês, da porra toda enfim, uma enchurrada de coisa bacana de verdade... mas assim, misturando um pouco de cada uma, misturando coisa boa com coisa ruim, vou trazer aqui umas aleatoriedades já da nossa vida adulta e sim, a vida adulta trouxe distâncias, mostrou como as personalidadse foram andando pra lados diferentes mas sempre com aquele afeto da memória. 

tem uma que perdeu pelo menos três chances de me ajudar comdúvidas em relação a coisas que ela trabalhava e sabia e eu chegava nela, pô tenho uma amiga especialista em alguma coisa que tem a ver com essa vou pedir uma dica ali, uma luz pra me guiar aqui nessa pesquisa nessa perspectiva: zero resposta, zero interesse de me ajudar e eu hojestamente não sei porque eu ainda perguntei outras coisas mais outras vezes. pra vcs verem que eu não sou tão hostil assim... eu não briguei, não cobrei, não criei caso. mas me decepcionei todas as vezes e tenho de verdade a impressão que essa pessoa não acerdita nem tem respeito pelo meu trabalho e pelas minhas opções de vida que não se enquadram nos padrões das opções de vida... teve uma fuga que eu fiz da realidade e cruzei o oceano pra poder respirar três meses e ter fôlego pra resolver algumas situações, que acolhimento maravilhoso, que chance incrível de conviver com ela num momento tão especial e tão necessário pra mim, que doidera que foi essa viagem, eu sinto uma gratidão tão grande tão grande que parece que eu vou ter uma dívida com ela forever. e tenho uma culpa, um dor gigante porque essa dívida bateu na minha porta e eu não dei conta, eu não tinha caixa pra pagar, foi muito ruim. foi muito, foi ruim pra ela com certeza mas foi ruim pra mim de um jeito que eu tenho certeza que ela não imagina, ela não imagina. eu achei qu eu ia começar a chorar bem antes, mas só comecei a chorar agora... tem uam queé muito muito camarada boa de conversa e tudo, temos umas ideias beeem diferentes em algumas coisas e outras ideias bem parecidas e é uma relação super legal, com visitas quando ela morava em outra cidade e ela é cabeça aberta, viajada, estudada, nossa nenhum conflito ever inclusive porque ela gosta de ouvir as pessoas e ela sabe conversar e fala oq pensa - mas também deixou a bola de neve rolar um ano e não me avisou... mas foi por esse motivo aí do mundo individualista capitalista do cada um com seus problemas vcs que se resolvam e foi mals aí ser repetitiva mas né... tem duas que eu simplesmente acho que projetaram memso a vida pro mundo das barbies e claro, to meio que generalizando mas é meio doido imaginar que eu sou amiga dessas pessoas mas eu amo muito elas mas assim sobrou só a memória de afinidade mesmo eu acho rsrsrsrsrs tem outras duas do clube da porralokagem, inimigas do fim é cerveja é vinho é maconha é tesão e carpe diem e se bobear mete outas drogas aí que só tem uma vida só pra aproveitar hahahahahha acho que já melhoraram, não tenho certeza as vezes acho que talvez mesmo com a idade elas aguentam o pique, eu não sei bem como porque eu não tenho mais o mesmo pique e nem sei se já tive o meeesmo pique que elas mas é muito divertido isso, bem, divertido quando a cachaça não vira falação de groselha, acidente, queimadura, esquecimentos enfim... cada bebedeira é uma bebedeira. teve uma situação bem específica que eu embarquei 'pra ajudar' a troco de um trocadinho 'pra me ajudar' e foi durante uma festa e eu pensei bem, ajudo, claro, eu ajudaria até sem ganhar nada. na pratica, me senti levemente humilhada, trabalhei a festa inteira sem tempo de conversar com ninguém, nem curtir nem interagir e servi comida pra todo mundo mas no final eu mal comi. não 'ajudei' eu fui tratada como empregada. sem problemas, eu precisava da grana mesmo sendo uma mixaria e, inclusive, eu achava que precisava me redimir de certa forma e que a chance de poder servir e ajudar era uma chance de reatar algum afeto. talvez foi? eu não sei porque nunca s falou nada sobre. eu fiz tudo tudo com amor, com carinho, com alegria, com gratidão. mas, não era o combinado e, de certa forma, eu fui humilhada sim e as pessoas perceberam, eu sei que perceberam e eu tenho até um certo receio de imaginar os cometários e as entrelinhas dessa situação.

já estou escrevendo há 1h30... tá batendo cansaço e acho que o principal tá aí, oq gritou e ainda dói tá colocado, ferida exposta. teria mais pra falar? poxa... teria muuuuuito, tem uma até que falou que votava no bozocoiso e mesmo assim eu não tive desejo de me afastar dela e continuo admirando ela e tudo mais e aliás ela foi a que disse porque tem mais bozolina ali no meio que eu tô ligada socorro deusa mas nisso aí me sinto tipo no topo da cadeia da compreensão e aceitação pq é foda huahauhauhauahuahau e outra, um ótimo exercício seria lembrar de coisas bacanas sabe, com certeza. mas oq me fez sentar pra escrever foram as dores... um combinho de dodóis que vira e mexe dói mais um pouquinho e o fato de que nesse momento eu to pensando muito muito em que pesoas eu poderia conversar pra ajudar e tals nessa estratégia que eu TÔ PRECISANDO ajeitar pra amenizar assim, pra fazer uma redução de danos na próxima depressão porque  a sinuca é que a hora que a depressão chega a gente já não consegue mais pedir ajuda aí fudeu e quando ela passa a gente não precisa mais de ajuda né aí a pessoa solta a sua mão e tudo bem mas eu preciso pensar em alguma maneira de as pessoas sacarem que eu preciso de ajuda sem que eu peça oq pe bem doido bem difícil e ter combinados de tipos de ajuda e ter uma quantidade de pessoas envolvidades que seja suficiente pra ninguém se sobrecarregar sabe? para não ficar pesado pra ninguém. mas assim final de semana passado pra mim foi assustador de verdade e eu tô com ess urgência latente latejante aqui que tentar isso de algum jeito e eu venho pensando nisso mas não consigo dar formato na coisa pra mais de ano que eu sei que eu preciso disso e... bem... ter um grupo de amigas que te conhecem tanto tanto, que viveram glórias e algumas tristezas, pessoas que vc ama quase incondicionalmente mesmo é muito doido e... pensar tipo, achoque não posso contar com elas, como um grupo, acho que ninguém vai entender se eu for escrever sobre isso no grupo... talvez uma ou outra se eu falar o privado... talvez... mas elas estão de saco de cheio de mim, tão nem aí pros meus problemas, eu mando um link escrevo alguma coisa e só 'engaja' oq é meio nostalgico mesmo as coisas do dia a dia eu acho que a maioria nem clica quando eu mando um link a maioria tá de saco cheio de me ver pedindo ajuda ou tentando divulgar meu trabalho, nenhuma delas me ajuda a divulgar meu trabalho elas devem achar real que eu sou uma puta fracassada e que não tem valor nenhum não tem nada a aver com a narrativa delas oq eu faço sabe... ou elas não tem a mais pequena ideia do perrengue que é vc optar por ser artista mesmo e passar a vida correndo atrás do prejuízo. algumas até eu acho que nutriam alguma admiração quando eu tava no circo, primeiro pq naquela época eu ainda não era considerada uma suratda doente né e segundo porque eu era trapezista e eu era boa pra cacete e é pra pagar um pau mesmo porque meu número ela lindo, o circo é lindo e eu tive a honra e o prazer de trabalhar por anos com uma coisa extraordinária!!! vira e mexe aparece um elogio pro circo mas pro que eu faço hoje que também é foda pra pleura, eu toco fagote, é difícil pacas eu fui mega corajosa quando decidi estudar esse instrumento aos 28 anos... mas não tem mais admiração, nem apoio nem picas. 

engraçado é quando mistura uma lambança de personalidade e os sintomas. parece que eu só tô mal ou preciso de apoio se eu tô sei lá, internada saca... mas na hora que eu faço alguma coisa meio estranha ou pesada, até porque eu tenho essa personalidade do papo reto, um total de zero pessoas chega em mim e me ajuda a me questionar: "amiga, eu sei que vc as vezes é grossa mas vc tá sendo mais grossa que o normal, como vc tá? vc acha isso mesmo ou pode estar rolando alguma coisa aí que tá intensificando o seu jeito... eu achei isso desproporcional" tipo asim NUMA BOA mas perguntar sabe, porque eu também to escaldada e traumatizada com gente que, ao saber que vc tem um diagnóstico, usa isso como argumento e acha que tem mais condições do que eu mesma para dizer sobre se eu to 'bem' ou se eu 'perdi a razão' aquela coisa beeem comum de colocar mulher no lugar de doida saca, básico, super básico mas com o porém do rótulo do diagnóstico então é mais frequente, mais pesado e mais dolorido... mas questionar, perguntar, agir, reagir e abrir espaço pra diluir mal entendidos, conflitos, divergências e tals

tô acendendo o terceiro cigarro desde que comecei a escrever e ao mesmo tempo já cansei mas continuo borbulhando porque tem tanto pra dizer e também porque to saindo de um ciclo depressivo e esse up na energia dá tanta tentação de aproveitar essa energia ao máximo antes que ela vá embora de novo.............. mas é: é um dia de cada vez e eu já lido melhor com isso. falta quinze pras quatro da madrugueira e amanhã eu tenho compromisso ao meio dia, levantar as 11h tá bem ok então, tá safe, não tô sendo irresponsável comigo nem extrapolando meus limites. chorei bem menos do que eu imaginei que choraria. não sei se é bom ou ruim mas desde sexta o mar de lágrimas tá numa maré alta mas chorei só uma vez e foi uns cinco minutos rsrsrsrsr sinto que desabafei tanto quanto deu e nesse moemnto não tem mais nenhum assunto pendente. se tiver escrevo outro texto, ou não, tenho escrito pouco, e eu gosto muito de escrever faz um puta bem pra mim, nossa desopila viu, desopila mesmo

acho que não expus ninguém, mas sei que as carapuças vão servir direitinho na smáscaras adultas das minhas camaradinhas adulteradas pelo tempo tanto quanto eu também e é isso aí as coisas seriam mais fácéis se fossem mais fáceis e... é mesmo só na nossa cabeça que a gente complica as coisas ou existe um tecido imenso social e cultural e histórias causos e fatos que vão colocando camadas e camadas de complexida e também deixando tudo mais interessante. seria brutalmente melhor e demandava menos energia se eu me sentisse segura pra simplesmente entrar ali no grupo do zap e pedir ajuda direto e reto, extremamente mais fácil. mas aí vem oq? as dores, e o medo do quanto seria profundamente dolorido de novo não ter ajuda de pessoas que eu amo tanto, de não me sentir nem compreendida muito emnos acolhida, medo de me julgarem mais e me pensarem ainda pior, mais fudida, mais fracassada, sempre pedinte, sempre coitada e NÃO, NÃO SOU COITADA vá se fuder vai ter pena da pessoa em situação de rua, vai ter pena da pessoa acamada eu tenho um verdadeiro horror de imaginar as pessoas sentindo pena de mim. pena pra mim é o sentimento da degradação... eu sei que não é assim pra todo mundo nem todo mundo pensa a 'pena' com esse significado mas eu não gosto meso desse lugar da coitadinha, da vítima só que isso não quer dizer que eu não seja humana... e eu preciso de apoios de ajudas e preciso pedir porque ninguém é bidu ou tem telepatia comigo... mas hoje, pedir pra elas, me vem uma sensação de humilhação sim... eu aprendi bastante a pedir coisas e nossa ganhei muito na vida com isso e nas relações e aliás eu adoro ajudar as pessoas quando eu posso e faço questão de checar se a ajuda é a necessária, se é bem vinda e tal não aquele tipo de ajuda que a pessoa faz ou fala ou cisma na solução da cabeça dela pro problema do outro e aí a titica da solução imaginária não dá certo e a pessoa ainda culpa o outro ainda mais, tipo eu tentei ajudar, ela não fez oq deveria, ela se cuida errado, enfim... traumas e mais traumas e maaais raumas que gata escaldada foge da panela porque tá cansada

ah, olha, eu tô muito cansada. desci do carrinho da montanha russa mas entrei numa corda bamba no parque de diversões dos sentimentos e sintomas. eu tenho uma certa impressão que agora, depois de praticamente tres anos na montanha russa agoooora eu tenho algum controle pra me equilibrar mas mana, o baguio tá alto, a corda da bamba tá perigosa, eu tenho só uma varetinha frágil aqui nas mãos pra me ajudar e tô num esforço sobrenatural pra conseguir viver a vida 'normal' a tentaiva de mater o equilíbrio é constante 24\7 e de vez eu só travo e fico sentindo medo da menor brisa que bater. eu travo ali em algum lugar que só não caia no abismo mas desde que eu subi nessa corda bamba, ali em finalzinho de fevereiro, talvez meados de março tá pior até do que ano passado que eu tava tentando parar de fumar e eu ainda quero muito parar de fumar tipo tá decidido só precisa acontecer mas foi muito foda porque eu pensava em cigarro o merda do dia todod todo todinho agora eu dei uma relaxada em relação a isso mas é porque eu to o dia todo pensando em como conseguir fazer pra sobreviver mesmo, pra trabalar pra ter autonomia pra me sentir respeitada para fazer algo por onde pra realmente me sentir respeitada mas a garotinha de 19 anos acuada, traumatizada, que não consegue se sustentar que não consegue ser reconhecida nos modos da vida adulta pelo valor que tem no sentido assim de não se sentir dependente, principalmente fnanceiramente de ninguém nem nada essa garota de 19 anos ficou perdida no tempo em que ela precisava aprender a andar a sozinha e era a hora certa pra isso e eu estou chorando litros desde o começo desse prágrafo... essa menina foi amrrada, ela ficou presa, ela foi torturada psicologicamente e ela não conseguiu crescer direito. e eu tenho 40 anos e tenho muito medo do que as pessoas podem fazer, não falar ou pensar ou essas fofoquinhas... mas das ações e reações que podem terminar de fuder com meu psicológico e eu tô very very extremely high and afraid e fazendo esforço o tempo inteiro pra tentar evitar os ciclos pra conseguir lidar com os ciclos pra tentar me organizar mesmo nessa bagunça. eu tô muito exausta e tenho muito medo de não aguentar e cair... não sei qual é  próxima fazer qual o próximo brinquedo do parquinho de diversão mas eu quero muito que pelo menos essa corda bamba vá diminuindo de altura e o medo de cair seja suportável... e eu consiga relaxar um pouco e eu tenha cabeça pra pensar em quem e em como estruturar uma redução de danos e enfim... as configurações de amizades estão sendo repensadas e categorizadas sim. tem muita gente no mundo, muita... eu sei que eu não tô sozinha e eu sei que eu vou conseguir e isso vai passar vai ficar mais rarefeito eu vou ficar mais de boas, menos ansiedades menos depressões menos intensidades dessas coisas ruins todas, eu acredito de verdade de verdade mas eu não sei quando e eu precisava que já fosse mês passado sabe, porque três anos nisso tá muito surreal 

perdões amizades conexões antigas conexões novas esperança humanidade apoio ajuda sos respeito escuta prontidão disposição compreensão a vida o passarinho que canta de madrugada o pierre pedindo carinho eu aqui, agora esvaziada, respirando aliviada por derramar nas letras meus desesperos e decepções. quase duas horas e meia escrevendo um texto que sabe-se lá se alguém ou alguma coisa do além vai ler hahahahahhahahhaa mas eu vou publicar mesmo porque apesar do medo da reação das pessoas eu goso de expor pro mundo dá uma sensação de que eu joguei pro universo sabe? pá! toma aí universooooo a minina ta on. tava. agora vou me drogar, ops, me medicar, e dormir porque amanhã e outro dia. mas agora já é bom dia pra muita gente é... inclusive algum ser humano no bairro já tá acordadim ouvindo pagode! eita laiá rsrsrsr dia bom, bom dia



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