quarta-feira, 17 de julho de 2013

my precious

o sufoco é tanto, que não respiro nunca.
é tanto mais é tanto sufoco que não há mais nenhum m3 de ar que não pareça tão fétido e pútrido... feito podridão de baba e peido de mostro aterrorizante em filme de ficção científica barato.
ar rarefeito de azulejos verde estranho, cor de musgo.

o sufoco é tanto, que só tem aperto.
todo o espaço espremido. mais espremido que cara de adolescente super puberdade cheio de espinhas. exprimida minha dor em tentar estar. expresso meu incômodo por não respirar e sequer me mexer.
lugar de meia luz escura, lugar amplo entretanto esguio por egoísmo.

aonde não há. não há como ser!

o sufoco é tanto, que não existe mais tempo.
devia ter sido ontem, semana passada ou dez anos atrás. estou atrasada.
é preciso sair daqui sem pensar em mais nada! é preciso sair sem olhar pra trás, abandonar muitas coisas...
porque preciso de ares novos, de quando tempo, de espaço próprio.

respeito, é preciso.

de nada adianta ser brado de preciosidade e tratada como fera indomável. coisa de ferro e fogo. escondida, atributo de malefícios, jogada à jaula e largada às garras da insanidade atribuída. fardo insuportável! não me venha com: 'preciosa' 'paixão' 'razão' 'amor' 'querida'... não me venha não. nem chegue perto se houver franqueza. pois haverão perguntas irrespondíveis e argumentos irrefutáveis e insuportáveis!

auto-g. a minha... feliz e sozinha.
só nunca, não. que senão seria um mundo ego-meu. é nosso.
com amor, sempre - por favor e gentileza - amor à vera, com calor, verdade, força e delicadeza.
não isso que se vê em relações doentias... isso não. merci mamadi, e... vai pra luz!

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