quarta-feira, 13 de setembro de 2017

preconceitos, preconteitos, preconceitos - parte 1

to atacada aqui e quero e vou escrever sobre situações que eu vivi e que tiveram um certo impacto grande no curso da vida (mas acontece e a vida flui e a gente sempre aprende com alguns sofrimentos) que foram situações onde eu vejo preconceito, falta de comunicação e... vamulá

a primeira que tá saindo do forninho foi há alguns anos e só agora que eu voltei a andar de bike e já vivi um pouquinho mais né rsrsrsrs só agora foi que eu me dei conta do que realmente aconteceu... ou pode ter acontecido...
eu trabalhava numa escola particular, linda, trabalhei lá durante dois anos e foi uma experiência como um todo extremamente positiva para mim e pro meu desenvolvimento. eu não falava quase nada sobre o diagnóstico que me foi dado e sobre o tratamento que eu fazia, falar de psiquiatria era bem mais complicado pra mim do que é hoje em dia, mas hoje ainda é complicado rsrsrsrsrs muito bem. eu dava aulas na unidade da escola e em outros endereços também, tudo vinculado à mesma escola, tudo relativamente por perto. eu trabalhava de bike, era doismileoito, doismilenove e a gente não tinha tanta ciclovia linda em sp e nem tanta gente falando sobre como é legal, prático, importante e super válido para a cidade como um todo utilizar a bicicleta como meio de transporte. eu adoro andar de bike, andar por aí pedalando contribui para que o fluxo da vida seja mais gostoso, pra mim. eu brinco, que trabalhar de bike é como viver a vida à passeio... muito bem, voltando a situação em questão, lá estava eu feliz e contente vivendo minha vida trabalhando de bike pra lá e pra cá, uma ano de escola. no fim de um ano, duas circusntâncias: outra pessoa assumiu a direção pedagógica, uma coisa aqui outra ali mudou, normal; uma amiga ficou sabendo que eu tomava remédio de maluco, uma psicóloga, querida, pessoa que eu tenho carinho até hoje. seja por fofoca inocente ou não, seja por vontade de cuidar de mim e fazer saber que eu era 'diferente', 'especial' sei lá... e tanto faz, eu sei que a diretora ficou sabendo disso. resultado, uma das primeiras 'orientações' que recebi no início do ano seguinte era de que eu não poderia mais trabalhar de bicicleta (depois de um ano inteiro tranquilo e sossegado sem nunca ter tido problemas sérios, acidentes ou reclamações) eu estranhei né? e não gostei, não, não gostei. tinha alguma regra específica, algo do tipo não posso usar para o trabalho... enfim, porque é fato que ninguém pode impor regras no meu direito e na forma como eu escolho me locomover! eu acatei mas também desobedeci. tenho costume de desobedecer regras que não fazem sentido... uma coisa que eu escutei na época era que eu descia a rua na contramão de pé na bike. ok. fato é que uma das pouquíssimas ruas que eu pegava contramão (que não é o idel e eu já sabia) era o quarteirão da escola, porque se eu pegasse no fluxo ia dar numa avenida grande e perigosa então eu descia contramão pra pegar a próxima rua menor e mais tranquila, no fluxo. mas a louca andando na contramão era tudo que a diretora e todo mundo mais podia ver de mim andando de bike a partir da visão da janela da escola (perspectiva limitada) e foi assim... dito isso, voltamos para hoje e o que eu consigo refletir sobre essa situação. procurando empatizar com alguém numa função de diretoria, posso compreender, mesmo que não concorde, que essa pessoa tenha inclinação para proteger a escola e os funcionários. ouvi essa frase e não fazia sentido pra mim isso ser um problema, hoje penso nisso como quem pensou, a diretora: a louca pode se acidentar!!! dano, prejuízo, xabu... ah, então não pode. o curioso é que eu, quando pedalo, justamente tenho costume de ficar em pé na bike em situações em que preciso de mais segurança, explico: de pé vc se faz mais visto pelos outros veículos no transito e chamando atenção, pode evitar problemas com motoristas menos atentos. era por isso que eu sempre descia aquela rua de pé... e só hoje em dia eu me dei conta disso rsrrsrsrsrs porque voltei a pedalar e me dei conta dos moemntos em que fico de pé... pois é... além disso, eu - que sou de circo! sei que tenho mais facilidade de me safar em quanto menos 'presa' na bicicleta. parece sem lógica né? mas se vc fosse de circo vc ia entender, que quanto menos atracada em outra coisa mais opções de deixar que meu corpo ache uma saída ninja (e a natureza sempre se encarrega de preservar a vida...) enfim, aí já nem é tão relacionado  ao óbvio. até porque nada é óbvio... devo dizer que como profissional no circo, apesar de ter tido acidentes, sempre prezei por que é vital prezar pela segurança! não enlouqueçam julgando o que acabei de escrever. o que escrevi foi específico para o ato de andar de bicicleta e ter recursos físicos corporais pra saídas ninja rsrsrsrs e, antes de retomar a conclusão que hoje eu tenho sobre isso, vou contar que a diretora 'nova' em questão dizia uma frase que me incomodava, acho que de verdade essa era a única coisa que me incomodaaaava nela... eu gostava dela, até ela resolver achar que podia\devia interferir na minha vida como ela fez... isso foi chato, não foi muito legal não... mas ela dizia "o bom senso, essa coisa que não existe" e realmente eu sempre achei isso lamentável de se ouvir... é como dizer, entortando a fala pra proporcionar o entendimento de quanto meu ouvido xchxchxxxchiava, é como dizer 'o amor, essa coisa que não existe' sabe? vem junto com uma visão de mundo meio desumana, assim, de não acreditar que o ser humano é bom... de não acreditar que o outro pode se importar em ter atitudes boas... em acreditar que conflitos e desentendimentos, culturais, pessoais, etc, que são normais e constituem a lindeza de ser humano e de poder aprender coisas novas todos os dias porque as pessoas são todas diferentes... que conflitos são destrutivos... uma pulguinha do marxismo cagada coça aqui atrás da'zoreia rsrsrsrsrs é como não acreditar que o respeito seja importante... o bom senso existe. sim. mas igual muitas outras coisas depende do acesso à informação, do acesso à educação e muitas vezes até do acesso ao alimento, carinho, compreensão, enfim... são quinhentas coisas que podem estar passando na vida de uma pessoa que leva ela a tomar uma atitude ou outra não necessariamente apropriada... as vezes tragicamente outras nem tanto. mas o bom senso existe. e onde a\o diretor\a\gestor\a\autoridade enxergava !!!perigo!!! a pessoa em questão e em ação, sendo vista entortada, estava agindo, ao contrário disso. para menos perido, que loucura não? agia por precaução, na defensiva. mas bem... louco é louco né? [cuidado, ironia] e se tiver algum maluco na sua família o melhor é fazer todo possível para evitar que ele seja quem ele é... para fazer todo possível para censurar e evitar seus erros (que erros?) mesmo que você saiba que ele não tem capadidade de compreendê-los, porque é um louco [chega de ironia] sinto falta algumas vezes de um pouco de humildade nas pessoas com algum tipo de 'poder' ~ humildade de reconhecer que ela não sabe tudo, que ela não tem tanto direito de se meter na vida pessoal (e psicológica e emocional) de nenhum subordinado, cidadão ou o que seja. quanto mais vc pode, maior a sua responsabilidade e quanto maior a sua responsabilidade maior precisa ser a habilidade de ser cuidadoso, humano e corajoso, sim... mas, pessoas com poder costumam achar que podem tudo ou muito e esquecem de muita coisa... que ela pode perguntar antes de decidir... e não é feio, é bonito perguntar, pedir, reconehcer seus limites. é saudável. concluo nisso que, foi preconceito, no sentido mais bruto da palavra, e mais tolo: ah, EU SEi que EU SEi, eu sou o mais inteligente aqui obviamente porque sou o chefinho ou chefinha... esse conceito eu já sei. mas os conceitos mudam, até eles mudam... celebro o fato de que os modelos de liderança estejam se alterando. reconheço que o processo é lento... na teoria é lindo, na prática mudar os hábitos e refrescar constantemente os pensamentos, se atualizar, dá trabalho, precisa de disposição. de humildade. de bom senso. de mais amor e menos medo... e precisa de todes, todas e todos envolvidos... agradeço por hoje ter essa reflexão e por, amanhã, poder pensar de outro jeito. na época eu só consegui pensar que ela 'resolveu me perseguir aleatóriamente' mas hoje olho para a posição da pessoa e, eu não faria o mesmo, mas a história ta aí pra mostrar quais são\eram\costumam ser os padrões de pensamento das pessoas que enfim, se consideram pessoas 'superiores' e 'cheias de eu posso tudo' ao assumirem uma responsabilidade maior num cargo mais importante. sejémos humanos gente... ninguém é melhor do que ninguém. formiguinha... eu faço o que tem que ser feito, não importa o cargo ou a situação... formiguinha, sabe que cuidar da vida é cuidar do formigueiro andando bem... humaninha, sei que a mãe terra tá aí precisando de respeito e muitos dos humanos com responsabilidades grandeeeees estão pautando suas decisões sem muito bom senso... medite-se. o sistema solar é pequeno.

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