segunda-feira, 26 de agosto de 2013

bad bad, so bad...


nem sempre o tempo escapa bem à um menino mau.
quase nunca a memória fotográfica é desfigurada pelas tramas do passar de tantas coisas. sempre um momento qualquer lhe remete à situações velhas, vontades caquéticas nunca esquecidas, gozadas sabidas e nunca mais encontradas, olhares malditos e pneus furados. coisa qualquer que seja.

muito há que já fora exorcizado. realmente e com toda verdade e profundidade do mundo. exorcismo intenso. mas sempre, sempre tem os resquícios da memória. não é saudade nem saudosismo. não é desejo, vontade nenhuma. é só, somente e simplesmente uma teimosia tirania do destino de querer juntar as almas dos outros e, mesmo depois de totalmente apartadas, nunca mais elas se esquivam do passado. o passado é como uma estrada que está sempre lá, mesmo que você nunca mais queira nem vá andar por ela. a estrada, suas pontes e curvas ficam construídas e somente um fenômeno muito maior do que todos os que já houveram seria capaz de interditá-la ou destruí-la. se bem que isso não é deveras necessário. demanda energia que nem sempre queremos dispor.

queremos apenas seguir em frente, nos novos rumos. sem olhar pra trás. mesmo quando o passado olha para nós, olha pra frente. sabe-se bem que não há volta quando não se deseja voltar. mesmo que esteja sempre lá a danada da velha estrada.

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