segunda-feira, 11 de maio de 2015

a realidade e a imaginação

eu sei que a história é uma espécie de mentira contada por quem quer ficar nos contos e cantos. sei que números datas e a linha reta das coisas não é a realidade do espiral no qual estamos imersos. por isso imagino meandros e lacunas excessivamente... em alguns dias e estados de espírito em especial, essa lógica da linha reta vem como um punhal muito afiado me induzir à deduções lógicas e retas sobre fatos que eu nunca verdadeiramente terei controle.

me irrita a ideia pura e simples de que intervenções medicamentosas vão resolver esse meu caso cíclico. não. o que resolve de verdade é a rotina disciplina um trabalho bem feito relações realizadoras e acima de tudo a verdade mais límpida e leve soando nos meus ouvidos. não a minha verdade, mas a do outro. uma verdade que eu quero aceitar, mas que só terei acesso se me for dada.

houve um tempo em que alguns assuntos eram ditos sem rodeios ou churumelas. esse tempo passou. a partir do momento em que o assunto voltou a ser acontecimento real e corriqueiro e vivo. um passado morto é um pássaro que não voa mais. um presente vivo, ao contrário, consome muito mais energia para ser controlado. por isso a sensação de que isso é ainda presente e não passado... isso que me incomoda. umas mentirinhas brancas e sinceras. ainda que...

eu sou capaz de lembrar de muitas frases e detalhes que li ou que inventei durante a minha investigação. cada um deles afia ainda mais o punhal. a dor não se mede. a dor não tem tamanho...

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