terça-feira, 23 de maio de 2017

a ou A e há e ou ah . . .

ou 'uma longa breve e semifusa história da visita à gigante'
ou ainda, poderia chamar-se 'sem tirte nem guarte'

do além vem
a Arte que é e que não é a arte
tem uns e outros ditos e malditos artistas arteiros técnicos muitos artroses e asteróides
tem o planeta Marte e a morte e tem a do enfarte e a de sempre

o todo que te farte a pouca parte e toda a toda parte que parte
um ego que meu ao que peço que sempre me aparte ou o não-meu ego um desses bem comuns
daquele tipo ato fálico falho que ao ajeitar reparte

tem o que é o que permanece e o que parte
um momento e ou outro até biparte, triparte, quadriparte, quintilhando
chega pra menos que a quinta parte e vira aquilo que era aquilo que foi : descarte
a me lembrar de respeitar e dispensar o cartesianismo
já na sexta parte vejo o baluarte todinho destruído
e fico com o que me cabe e o que me serve

chega Pedro. vai visitar mestre Jonas dentro da barriga
e... o nome daquela mamífera aquática gigante também rimaria
se caso fosse a de água fria quem vem parir no sul daqui
jubarte nome que escrevo falando de boca cheia de ter sido baleia

Malasarte chega sem recurso nenhum que lhe farte
procurando bacamarte que segure ou um pratinho de arroz feijão
e ou oportunidade variada pra por em prática astutos artifícios de viver à sorte de aprendiz de musas

o amigo de dentro daquele estandarte marítimo lhe propõe à fome um jangalamarte, arre!

"Acaso fui nascidou Goularte pra mostrar dente por esporte? Primeiro faz-me rir a verdade!
Recebe o abraço e devolve à esse bobo da corte algo que lhe preste. Depois vamos aos jogos."

risonho barrigudo vem de volta com um encarte menu  de graça e de choro e de nunca por sempre
à la carte a dizer que  à sua escolha para ele para ela por nós e por todos ali e não-ali
por muito mais que isso por ganâncias e desganâncias comparte sonhos de sétimas
que não enchem barriga de ninguém mas capricham em tudo
nas sentenças de porte e grande aporte de nada dizível tais os navios vazios de uns portos
por onde artes e tempos escorrem vem e vão são e não o sal e sol que faz sobrar sempre sem

tirte
nem
guarte

mas demora . . .

como a Arte que não é arte que é e que não é Arte
tal aquele que quer dar ou ser sem sequer suporte o agora volátil o hoje que é morte
o passado que parte sem deixar de ser parte da vida que é viva quanto mais for a Arte do que te serve à mesa senão suas escolhas próprias as boas e as impróprias engolidas cheias de golias e poucos goles ebriantes ou acertos errantes

mas lá e cá vem também a serelepe criaturinha que junta momento e sentimento e qualquer coisa parecida com muito mais do que a arte coisa vendida aquela outra, pequenina, feminina, masculina, humana, abrangente. bacamarte também ela descontrola tudo de tal jeito que não sobra nem antes nem depois e tudo fica o que está no lugar perfeito e o que não esteve nunca. 'sua vida ficará dividida entre antes e depois desta atração' é refrão de pura macaquice enquanto a vida é cada uma uma todinha " e essa é toda minha ! " mesmo e quanto mais for sua e nossa e não se parte porque nunca foi nem veio desde o eterno efêmero que se possa estando entretanto sempre está e está tanto sempre é o tirte do guarte sem nem planeta espaço mais nenhum nem sentido. ela repete e repete e repete e repete : "não acredite. sinta" e desde ali, mala nunca mais faltou pra empacotar o sim sim e mandar para o raio que o parta!
"não medite. esteja e seja"

e Pedro Malasarte trouxe mais um truque desde a visita. um tico mais sagaz. o povo declarava que ele era esperto porque sabia aprender. o que lhe faltava era saber poder pedir sem ofensa, rindo de graça e antes e recebendo tanto que reparte agora ele mesmo com parte da eterna aliança de pão e de sangue e de amor, com vós e com todos, até com tu, indigno. isso tanto e tão forte desde que azuis índigos de céus mil horizontes por aí vagueiam voando livres olhares e etéros sempres nos tons e nos meio-tons e fora do tom quando o lugar está fora do lugar, porque também

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