o recém nascido (só que) de antes

vertir - se
ou se despir

de algo
de que
que se
se...

seria

ao mesmo tempo
fio de nascente
ou largo mar alto

tal que se fosse
ao encontrar uma pílula
que...
cadê?
tava ryogando
perdida d'um sorriso
esquecida de dizer tchau
ao chegar

na chegada de se...
de si !
achar - se ainda
no que foi da saudade
de ter sido saída

tal que se fosse
dizer um oi numa despedida
do que pode ser ainda
mesmo que fosse
memória do futuro
do pretérito sempre
perfeito

vim e vi que o fato
pode ser assim
tão bem feito

obrigada




esse eu vou imitar meu caro amigo e dedicar: à vida! à saudosa Vila Madalena que não me sai da encruzilhada sempre trazendo boas lembranças e momentos memoráveis à minha... mas antes: ao poeta Robson, o saci - e sua garçonete apaixonante! -  que se tivesse ficado lá eu recitava o meu poema fresco só pra ele ouvir. eu ia terminando de rabiscar quando ele foi à cena. foi lindo pensar em dizer ali a coisa fresca a palavra recém saltada da ideia querendo vir pra boca! mas como saci se foi, ficou no caderno. dedico e sou grata aos grilinhos por abrirem a casa naquela noite e em noites futuras!
um salve especial ao Tomás, que por pouco me negava água mas caiu em si, por minha teimosia simpática ou com meu sorriso irado? ou com sua própria consciência... não se nega água à ninguém, jamais (a não ser esses homens que... deixa pra lá) também não se nega fogo à uma mulher (não? ah... como assim?) mas ultimamente andam me negando, fazer o quê? essa vida é um absurdo. tuuuudo pode acontecer! então também dedico (bem lembrado) à talvez possível última (?) noite que tive com uma cia inesquecível com alguma boa vontade sincera e uma honestidade límpida e uma disposição para estar bem e ficar bem sem ter que pagar nada por isso...
sem nunca jamais deixar de lado (no mínimo desta vez) o célebre nome de meu amigo poeta Adiron!!!
ah, prezado bufão: meus poeminhas são raros e poucos mas quando saem uns eu bem que gosto. este é meu meu meu mesmo, de punho próprio mas de inspiração alheia. escrevi no meio de um tríplice show! uau! quando fui ter o prazer imenso de ver e ouvir um som cheio de amor direto dos pampas: 'a corda em si' + dois, que eram os grilos donos da casa, a ilha das flores, onde tem aquele lance todo do tomate e do japonês e tal só que não é nada disso e... além deles o grupo de três da cantoria de Romi (que cantava em guarani e eu ouvi!) e sua flautinha e Augustín (se é que era esse mesmo o nome do futuro lendário - e creio eu nisso um bocado porque era brilhante e diferente) o pianista e etc também. meu poema é pequenote, irrisório. mas o sentimento daquela noite foi tanto que quero voltar lá tomar café e tocar fagote no pique tríplice. múltiplas fronteiras. linhas no papel. possibilidades incontáveis! ideias! sonhos... harmonias mesmo que em choque, contrapontos paralelos ou tangentes, tanto faz. tudo pode acontecer! e alguma coisa acontecerá!