preciso dizer do que estou falando? foda na estrada é foda na estrada. foi naquela beirada. fodástica... desde o caminho de ida havia-se pensado na hipótese. estávamos já vindo de volta. se devesse haver alguma oportunidade seria agora. entre curvas e toda aquela paisagem bem típica de estrada esperava-se por avistar um cantinho aconchegante pra vestir a fantasia. asfalto vai, asfalto vai. eis que ali na frente logo depois de mais uma curva tem um avançadinho de asfalto beirando uma estradinha pequena de terra que deveria levar em lugar pouco visitado. o tal avançado ao acostamento e paralelo à estrada era um espaço onde cabiam uns quatro carros no máximo e terminava num monte de arvores. era, aliás, bem cercado de um monte de arvores, menos para o lado da estrada de onde quem fizesse a curva teria uma boa visão de tudo.
pouco importava a visão dos outros. isso dava até um certo charme e tesão extras. o carro parou ali na encosta sem nenhum afobamento. os dois se curtiram por pouco tempo mas sem nenhum afobamento também. incrível como duas pessoas podem, se bem encaixadas, caber bem no banco de um só passageiro! nada de extraordinário aconteceu além do fato em si. nada além de se agarrar e trepar bem na manha vendo aquele montão de caminhões e carros fazendo a curva. era de se pensar o que será que os outros de fato conseguiam ver ou imaginar, mas todos passavam simplesmente. era de se pensar que fazer caso alguém resolvesse encostar o carro ali do lado! mas todos passavam e isso não aconteceu. mas excitou.
fazia sol, um dia lindo, uma luz bem quente. em pouquíssimo tempo estavam pingando de suor. os corpos, já bem apertados, iam grudando... deliciosamente. o gozo foi rápido também, e intenso. e inesquecível. então partiram para seguir viagem.
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