sexta-feira, 26 de agosto de 2011

futuros ocultos

de perto fomos quase nada
não se afobe, não. que nada é pra já
como nunca se mostra o outro lado da lua
os escafandristas virão explorar sua casa, seu quarto, suas coisas
demasiadas palavras. fraco impulso de vida
milênios, milênios no ar
ó eclipse oculto na luz
pode esperar em silêncio. num fundo de armário
até que nós fomos felizes. só durante o prelúdio
vestígios de estranha civilização
travada a mente na ideologia. e o corpo não agia
quem sabe, então em alguma cidade submersa,
sábios em vão tentarão decifrar sua alma, desvãos
o eco de antigas palavras
meu coração galinha não quer mais frustração
amores serão sempre amáveis. futuros, quiçá
nada tem que dar certo
fragmentos de cartas, poemas, mentiras, retratos
paramos no meio. sem saber os desejos aonde é que iam dar
não se afobe, não. que nada é pra já
só mal disse ao que veio. Atolado e aflito
aquele projeto ficou no ar...
futuros
passados
se amarão sem saber
o que será?
com o amor que eu um dia podia pra você
quero que tudo saia sem grilos
sem desespero, sem tédio, sem fim...
e não deixo de querer conquistar uma coisa qualquer em você

livre bricolagem. 
a partir de "Futuros Amantes" do Chico Buarque + "Eclipse Oculto" do Caetano Veloso

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